Kiko Girardi defende mandato apartidário


Kiko: "Falo aquilo que penso e não o que os outros esperam o que eu fale"
Por Laudir Dutra (laudir43@yahoo.com.br)
CAXIAS DO SUL - O vereador Kiko Girardi/PT, eleito no último pleito com 2908 votos começa aos poucos mostrar o seu jeito de fazer política e vai aos poucos, se ambientando, com os colegas de bancada e também, principalmente, com os componentes da mesa diretora, da qual faz parte nesse primeiro ano.
Kiko, como gosta de ser chamado, é morador do bairro Serrano e traz daquela localidade, algumas demandas. Desde muito cedo, quando veio para Caxias e escolheu o lugar para viver com a família, sabia que seria participativo. Felizmente para os moradores, não houve nenhuma dificuldade de se relacionar e a empatia foi mútua de cara, pois houve o interesse em ajudar de alguma forma e uma liderança natural foi sendo mostrada. O resultado só poderia ser um, vitória nas urnas em 2012.
Das costuras desenvolvidas entre os companheiros de partido e os colegas edis, resultou no convite para fazer parte da mesa diretora. Tão logo seu nome foi ventilado, não pensou muito, aceitou e agora tem pela frente um ano inteiro de aprendizado.

“Fazer parte da mesa diretora nesse primeiro ano como vereador está sendo muito bom, pois faz parte do meu aprendizado político e os mais antigos podem me dar essa condição. No início é assim mesmo, procurar mais ouvir do que ser ouvido.
Tenho muito o que fazer, não vou me abster e nem tão pouco me esconder quando chamado para votar os projetos. Quero viver a vida da câmara de vereadores com intensidade.
Tenho a consciência de que ninguém vai me ensinar nada, o dia a dia me mostrará aquilo que devo saber para estar preparado quando começarem os grandes debates dentro do mandato”.

Votar com coerência

“Posso até ser criticado pelas coisas que fiz ou falei e não por usar o partido como escudo. Minha autonomia eu não abro mão, minha consciência é só minha e de mais ninguém.
Em algum momento vai me faltar experiência ou jogo de cintura, mas quem me conhece vai entender”.

Alguns atropelos iniciais

“Acho que o tempo que temos para apreciar algum projeto e dar o nosso voto é muito pequeno. Temos que ter o período necessário de análises, nos inteirar sobre o que estamos votando. Fica complicado receber a pauta do dia no dia da discussão. Termos opinião própria é muito importante, caso contrário estaremos dando aos outros, a chance de sermos pautados”.

Primeiro projeto apresentado

“Uniformizar os taxistas vai melhorar e qualificar ainda mais os profissionais que exercem essa atividade. Nos grandes centros do Brasil e exterior já acontece isso com resultados muito bons.
Ainda não discutimos com os próprios taxistas, pois acredito não ser a hora ideal, mas a ideia vai amadurecer e as pessoas vão entender que isso vem para fidelizar os serviços e aumentar o respeito do usuário com o taxista.
Temos eventos importantes chegando ao Brasil nos próximos anos como a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas e a cidade com certeza estará recebendo muitas pessoas de fora do estado e do país. Todos vão saber quem são e onde estão os prestadores de serviços”.

Apartes que atrapalham

“Na maioria das vezes, os apartes só servem para atrapalhar o raciocino daquele que está com a palavra. Quem está tentando desenvolver uma ideia fica nitidamente prejudicado.
Defendo que deva ser regulado esse tempo de concessão, até para não sermos antipáticos com os colegas.
Tenho observado que alguns assuntos sem muita importância ganham peso e se perde um tempo precioso. Acredito que deva ser invertida a ordem das coisas. Vamos votar aquilo que é importante primeiro e depois abrir espaço para quem quiser falar o que bem interessar, levando o tempo que quiser.
Muitas pessoas vão á Câmara de vereadores para assistir a discussão de determinado projeto de seu interesse e acaba indo embora pela demora. Depois que o plenário está vazio é que iniciam realmente os debates importantes.
Acho que os apartes ganham mais destaque porque quem os pediu fala o tempo que quiser, tirando minutos preciosos de quem está com a palavra”.

Vereador da cidade

“Não posso falar só para agradar os outros. Sou a favor do voto distrital, as pessoas têm que votar em quem está próximo e entende o seu problema, a sua demanda. Fica mais fácil cobrar de quem vivencia no dia a dia a situação e que mora no bairro.
Acho que precisamos ser francos e falar sobre essas coisas. Muitos vereadores se elegem com votos pingados por toda a cidade, mas invariavelmente nem sabem o que realmente está faltando ou do que os moradores precisam. Prometem mundos e fundos e no final das contas não fazem absolutamente nada para ajudar”.

Três vereadores na bancada

“Claro que fica mais difícil você ter uma bancada com apenas três vereadores num universo de 23 dentro da câmara. Os acordos acabam prejudicando o pensamento do vereador.
Mas estou me sentindo confortável na hora de votar, pois eu entendo que devo votar sempre em favor da população e com a minha consciência. Hoje as pessoas estão entendendo como funcionam as coisas.
As questões partidárias estão em segundo plano, pois existem praticamente todos os segmentos da sociedade representados no Legislativo.
Acredito que antes de apresentar um projeto em plenário, devo falar com cada vereador em particular para não correr o risco de vermos vetadas ótimas iniciativas em função de políticas partidárias”.

Ajoelhou. Tem que rezar

“Partido é uma sigla que nos permite disputar uma vaga aqui dentro da câmara. Não penso ficar pulando de galho em galho, vou defender o partido que me elegeu evidentemente, mas em primeiro lugar estão as minhas convicções e o que a população pensa. Essa deve ser a única ideologia de qualquer partido, ir ao encontro dos interesses das pessoas.
Não tenho nenhum problema em debater as coisas e espero ser bem compreendido, seja no PT ou em outra sigla qualquer. O partido se defende com boas pessoas e não com promessas que jamais serão cumpridas”.

O bicho não é tão brabo

“Antes de entrarmos temos uma grande expectativa e muita curiosidade para saber como correm os trâmites. Não podemos criar nenhuma expectativa sem antes ficarmos a par de tudo ou pelo menos daquilo que é básico.
O peso da responsabilidade a gente começa a sentir imediatamente, pois são 500 mil pessoas a dar satisfações dos nossos atos. Sei que vou receber muitas críticas, mas tenho que saber conviver com isso.
Procurarei ser acessível a todos, transparente, espontâneo. Não quero ficar em cima do muro, vou procurar me posicionar imediatamente sempre que for chamado. Sabia que não seria fácil e por isso mesmo, tenho os pés no chão, focado naquilo que vim fazer”. (Fotos Ponto Inicial)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...