Uma lição de vida na Câmara de vereadores


Edson, professora Magda e Kiko junto com Jean
Por Laudir Dutra

CAXIAS DO SUL – A partir de hoje e em cada dia de minha vida com certeza terei mais paciência e aceitarei aquilo que tenho como uma dádiva de Deus. Quando vemos pessoas do quilate de Jean Carlo Bortolozzo nos emprestando lições de vida, nos remetemos ao útero da mãe da gente na esperança de que pudéssemos vir de outra forma, de outro jeito, pois em muitos momentos dessa breve passagem pela terra, nos demos conta de que não somos aquilo que gostaríamos de ser ou no que nos tornamos.
Já no início da narrativa, Renato Carra amigo e jornalista, conta para um plenário emocionado que o protagonista só tinha três sonhos na vida, um celular V3, pintar o seu quarto de azul por representar esperança e publicar um livro.
Sua história foi contada no espaço da Tribuna Livre, da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Aos 45 anos de idade, ele publicou o livro O Leão da Montanha, escrito com os pés, em função de suas limitações físicas. Bortolozzo tem paralisia cerebral, uma consequência da falta de oxigenação no cérebro durante o parto, que lhe atrofiou pernas e braços. Ele também sofre de coreoatetose, uma desordem nervosa que provoca movimentos involuntários e incontroláveis.
No final, todos os vereadores e a mãe de Jean posam para a foto
O escritor destacou que é preciso acreditar nos sonhos, em Deus e nos homens de boa vontade. Aprendi que devemos dar um passo de cada vez naquilo que a gente planeja, almeja, deseja ou sonha. Se corrermos muito rápido, corremos o risco de cair e parar, então é melhor andar devagar e guardar dentro de si o máximo de paciência, ponderou.
Professora Magda fala ao plenário observada
por um impaciente Jean
A professora Magda Corsetti Torresini, que auxiliou na correção e edição do livro, falou do prazer em realizar o trabalho. Segundo ela, Bortolozzo, que nunca frequentou uma escola, tem um jeito muito particular de escrever, que ela procurou transcrever para uma linguagem mais compreensível por todos.
O vereador Kiko Girardi/PT lembrou que o escritor, apesar de suas limitações físicas, é quem ajuda os outros e descontrai os ambientes em que se encontra.“Quando estive na casa do Jean percebi que o deficiente não era ele e sim eu, pela grande lição de vida que recebi”.

O espaço foi requerido pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, formada pelos vereadores Denise Pessôa/PT, Flávio Dias/PTB, Mauro Pereira/PMDB, Rafael Bueno/PC do B e Renato Nunes/PRB.(Fotos Ponto Inicial)

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