Sangue do nosso sangue


Quem dera a gente pudesse deixar para trás tantas coisas ruins que volta e meia insistem em fazer parte do nosso dia a dia. Uma palavra amarga muitas vezes fere mais do que mil socos na boca do estômago.
Fazer um carinho em forma de gesto, afago na alma e no coração daqueles do nosso sangue, que sem expectativa de uma felicidade constante, pedem socorro por não terem, não saberem quando suas almas terão paz.
Aguardo ansioso por um aceno, por uma ligação telefônica e por um convite, nem que seja para uma simples visita, afinal, estamos aqui nessa vida de passagem, com prazo de validade e ela acaba quando Deus decidir que chegou a hora de nos chamar para junto dele.
É duro não ter o jeito, perder o sentido de sorrir, de dizer que a vida pode ser tão maravilhosa, tão cheia de grandes coisas. A morte pode estar à espreita em alguma esquina qualquer, esperando o momento oportuno, para nos pregar uma peça ou simplesmente nos enviar para um caminho que talvez não estejamos prontos para seguir.
Mas dói saber que o sangue do nosso sangue perdeu a alegria de viver, de estar com os seus e de ao menos deixar bem vivo na sua memória, o que já foi um dia.
Acho que sinto mais ainda pelo fato de inerte estar por tamanha falta de saber o que fazer, mas enquanto puder, sempre que Deus me permitir, farei a minha parte, pois o sangue do nosso sangue, merece sempre coisa melhor do que a vida, ou talvez ele mesmo tenha provocado. (Laudir Dutra)

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