ENTREVISTA – (Por Laudir José Dutra) - Caxiense de nascimento, tradicionalista de coração, advogado, político e com um olhar voltado às coisas da cidade. Este é Guerino Pisoni Netto, que a reportagem do Ponto Inicial teve a oportunidade de bater um papo sobre diversos assuntos, inclusive sobre política. O que os leitores lerão a seguir é uma conversa calma, com profundo conhecimento e respeito por tudo aquilo que efetivamente interessa.
Mas antes é preciso que se faça um registro, Guerino foi vereador durante três legislaturas consecutivas. Eleito em 1982 com 1472 votos, em 1988, 1671 votos e 1992 conquistou a soma de 1328 votos, depois dedicou-se integralmente à carreira de advogado, não antes de ter sido suplente de Senador e conquistado 17820 nas eleições de 2006, quando concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados, tudo isso pelo PMDB, onde já foi presidente por algumas oportunidades, fazendo parte atualmente do diretório municipal do partido.
Mas antes é preciso que se faça um registro, Guerino foi vereador durante três legislaturas consecutivas. Eleito em 1982 com 1472 votos, em 1988, 1671 votos e 1992 conquistou a soma de 1328 votos, depois dedicou-se integralmente à carreira de advogado, não antes de ter sido suplente de Senador e conquistado 17820 nas eleições de 2006, quando concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados, tudo isso pelo PMDB, onde já foi presidente por algumas oportunidades, fazendo parte atualmente do diretório municipal do partido.
Cenário mundial atual
“O Brasil está num ritmo muito bom no cenário mundial, houve a globalização, crescimento, a crise graças a Deus não atingiu nossa economia como muitas estavam prevendo e enfim, podemos respirar aliviados, apesar dos cuidados que ainda cabem. Temos que aprender a reduzir gastos. A crise é grande lá fora, nos EUA, Europa e esses países são consumistas a exemplo do Brasil, por isso, todo cuidado é pouco. Mas apesar de tudo isso, estamos nos mantendo, os nosso empresários preferiram investir nas empresas ao invés de chamar a crise para dentro”.
Um olhar sobre a cidade que viu crescer
“Caxias mudou muito e para melhor, existem muitas opções de lazer. O ideal seria parar por aqui, manter o que já está bom, mas sei que isso não é possível, não para uma cidade que já pode ser considerada uma metrópole com 500 mil habitantes. Como estancar esse avanço, com a entrada de cerca de trinta famílias todos os dias, que vêm para cá em busca de oportunidades. Somos sabedores que existem oportunidades para todos que queiram realmente prosperar e tiver cabeça”.
Um governo realmente para todos é possível
“Esta administração do José Ivo Sartori é realmente muito boa e para todos. Vejo grandes avanços na parte cultural, principalmente nos bairros, facilitando a interação com as comunidades que vivem nas periferias. Vejo também uma grande mistura de classes sociais em todos os lugares e ao contrário do que muitos pensam, a especulação imobiliária está acontecendo em muitos bairros da cidade e não está mais no centro o metro quadrado mais caro. Tem muita gente de classe média morando em apartamentos no centro de Caxias”.
Trânsito é o grande problema
“As discussões são salutares, mas devemos ser mais ousados, principalmente na questão do trânsito. Mais viadutos, alargamentos de ruas e avenidas são bem vindos, mesmo que isso demore um pouquinho, é preciso pensar seriamente nessa possibilidade.
Se não tem dinheiro, o que precisa ser feito é tirar sim os estacionamentos, as ruas continuam com a mesma largura. Temos que ampliar o fluxo nas vias, tornando-as mais rápidas e seguras.
A tendência é aumentar o número de carros e o caos se instalar definitivamente. Antes que isso aconteça, providências devem ser tomadas, mesmo que muitos achem essa atitude antipática. O pior lugar para dirigir é aqui, os motoristas não respeitam e não sabem usar o equipamento que têm nas mãos”.
Se não tem dinheiro, o que precisa ser feito é tirar sim os estacionamentos, as ruas continuam com a mesma largura. Temos que ampliar o fluxo nas vias, tornando-as mais rápidas e seguras.
A tendência é aumentar o número de carros e o caos se instalar definitivamente. Antes que isso aconteça, providências devem ser tomadas, mesmo que muitos achem essa atitude antipática. O pior lugar para dirigir é aqui, os motoristas não respeitam e não sabem usar o equipamento que têm nas mãos”.
Trocas são necessárias em qualquer governo
“Pessoas certas no lugar certo. Na secretaria de governo entrou um advogado que conhece leis e que tem bom trânsito na Câmara de vereadores. Aliás, todas as pessoas que substituíram outras dentro desse governo, têm uma folha com relevantes serviços prestados à cidade de Caxias do Sul e merecem toda a nossa confiança, mas temos que ser mais ousados, audaz, não podemos ficar no feijão com arroz. Pensar grande, o macro em benefício da cidade”.
Inevitável não falar em eleições
“Em 2004 sentamos eu, Sartori, sete pessoas do PMDB e sete do PDT. Apresentamos uma frente trabalhista e ficou decidido que o vice seria do PDT.
Em 2008 o PDT nos procurou e queria um compromisso do PMDB, solicitando que o candidato seria do PDT. Reiteramos que primeiro teríamos que vencer as eleições desse mesmo ano para depois decidirmos isso.
Entendo que deva haver uma lealdade e que lá por março ou abril levantaremos quem são os melhores nomes. Mas não existe nada escrito, assinado.
Se quisermos fazer o terceiro andar, temos que apostar no melhor cavalo e realizarmos uma pesquisa na cidade para que isso fique bem claro. Mas independente de quem seja o nome dentro dos partidos que fazem parte da base, o que estiver melhor será o nosso candidato e todos trabalharemos para ele”.
Em 2008 o PDT nos procurou e queria um compromisso do PMDB, solicitando que o candidato seria do PDT. Reiteramos que primeiro teríamos que vencer as eleições desse mesmo ano para depois decidirmos isso.
Entendo que deva haver uma lealdade e que lá por março ou abril levantaremos quem são os melhores nomes. Mas não existe nada escrito, assinado.
Se quisermos fazer o terceiro andar, temos que apostar no melhor cavalo e realizarmos uma pesquisa na cidade para que isso fique bem claro. Mas independente de quem seja o nome dentro dos partidos que fazem parte da base, o que estiver melhor será o nosso candidato e todos trabalharemos para ele”.
Foi difícil compor a atual administração
“Sim por que dentro do próprio PMDB existem pessoas que entendem que teríamos que ter mais espaço na administração pública, pelo tamanho do partido e pelo que ele representa em Caxias. Mas existem outros partidos que reivindicam espaços e possuem nomes compatíveis com os interesses da cidade, que têm idéias, soluções e visibilidade. É muito difícil de equacionar tantas idéias diferentes.
Mesmo assim, o prefeito Sartori é uma pessoa leal e com todas essas questões que envolveram o seu governo, acredito que ele tenha conseguido realizar tudo aquilo que ele planejou. Se tivesse mais recursos, acredito que o sistema viário teria tido ainda mais a atenção. Mas a grande obra foi a social com 52% do dinheiro recebido aplicado. Escola infantil, saúde, cultura, saneamento básico. O prefeito investiu nas pessoas”
Mesmo assim, o prefeito Sartori é uma pessoa leal e com todas essas questões que envolveram o seu governo, acredito que ele tenha conseguido realizar tudo aquilo que ele planejou. Se tivesse mais recursos, acredito que o sistema viário teria tido ainda mais a atenção. Mas a grande obra foi a social com 52% do dinheiro recebido aplicado. Escola infantil, saúde, cultura, saneamento básico. O prefeito investiu nas pessoas”
Escolhas feitas
“Seja qual for o nome escolhido, se for os que já estão dentro do governo, não tenho dúvida de que terá no palanque a presença física de José Ivo Sartori. Ele mais do que ninguém tem interesse de que se construa o chamado ‘terceiro piso’.
A arte de engolir sapos
“É não dar a minha opinião naquele momento e sim esperar o momento oportuno para fazê-lo. Muitas vezes passamos por isso, o momento certo vaia aparecer.
A volta da foice que é preocupante. Na ida ela vai forte e quando volta, é com muito mais força.
É preciso dar compromisso para quem não tem tempo, pois esses vão fazer, porque aqueles que têm tempo, não vão fazer”. (Fotos Ponto Inicial)
A volta da foice que é preocupante. Na ida ela vai forte e quando volta, é com muito mais força.
É preciso dar compromisso para quem não tem tempo, pois esses vão fazer, porque aqueles que têm tempo, não vão fazer”. (Fotos Ponto Inicial)
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