Perdas & Danos


Processos que evoluem com o tempo
Um pensamento, um mar revolto
Um filho que vai, acena
Uma pena, uma lástima, um engano
Sem aceno, sem procura, perdas e danos…
Amor meu entre casas e prédios
Um tédio esperar pelo tempo
Lamento apenas não poder ir;
Não como enxurradas que passam
Que destroem casas, vidas, sonhos
Mas como ventos calmos, suaves
Indeléveis até, soprando carícias…
Nessas perdas e danos estamos nós
À mercê de lágrimas e esperanças
Quantas vezes te busquei em sonhos
Quisera eu não saber final incerto
Estar por perto quando estender a mão
Poeira, retirada sem saldo bom
Um líquido incerto na conta do amor…
Naquelas noites que deixamos a janela
Aberta para estrela cadente entrar
Você poderia vir em forma de luz;
Quando balanço fazemos e marcamos
Todas as nossas ações, números negativos
Dão conta de tudo que perdemos
E o que mais queremos
É depositar sonhos na nossa conta,
No balanço do coração…
Perde eu, perde você, perde o amor
Seja como for, vou refazer planos
Quando em vez olharei para trás
Farei das minhas mancadas, dos ais
Motivos de alegria, de orgulho
Pois na contabilidade da minha vida
Uma conta apenas, números irreais,
Perdas e danos, não mais…
Laudir José Dutra

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