O nível educacional dos candidatos caxienses



Carlos calcagnotto
Por  Carlos Calcagnotto
Entendendo o exercício de um cargo público, assumido através de um processo eleitoral, seja ele na esfera da área do Poder Executivo ou do Poder Legislativo e ainda até mesmo por meio de uma indicação para ocupar um cargo de confiança e/ou de assessoramento político, faz pensar uma pessoa comum, de quais critérios de qualificação são devidos ao contemplado para que o mesmo tenha maiores possibilidades de êxito na função pública.
À primeira vista pensa-se nos atributos de idoneidade, honestidade, franqueza, aberto ao diálogo, desprovido do interesse pessoal em detrimento do interesse público, disponibilidade completa e favorável à aplicação permanente da transparência da coisa pública.
Falar em idoneidade, logo se contrapõe à prática da corrupção passiva no exercício e favorecimento dirigido ao corruptor ativo de vantagens ou da obtenção ilegal de um bem público.
Claro está que no país que vivemos, onde a receita federal de países de primeiro mundo, ao negociar com outros países, emergentes ou de menor expressão, admite pagamento de propina lançada como despesa admitida pela lei tributária, diminuindo o lucro tributável nas grandes empresas multinacionais ou de alto poder econômico mundial.
Então, quando pela imprensa livre toma-se conhecimento de casos graves de corrupção, tais como o mensalão e outros abrangidos por CPIs, assim como o atual caso Cachoeira, geram um descontentamento da sociedade brasileira, criando um espírito de revolta e indignação de parte de quem paga os impostos com dificuldade e expressa esse sentimento revoltado no voto nas eleições municipais, estaduais e federal.
Outro aspecto ainda, diz respeito ao nível de instrução e de educação do candidato, como por exemplo, aqueles que disputam as eleições para vereador em nossa cidade este ano, cerca de 15 pretendentes por cargos disponíveis, ou seja, em torno de 500 para 23 vagas.
Destes, apenas 30% tem curso superior e menos de 5% apenas sabem ler e escrever e os restantes 2/3 têm o segundo grau, completo ou incompleto.
Vale lembrar que é o poder legislativo que cria e aprova as leis municipais e o baixo nível educacional, pode afetar a qualidade, a oportunidade, o grau de certeza na priorização no ordenamento da legislação municipal, sem falar no nível diuturno que se faz presente nos debates nas sessões da câmara de vereadores, prejudicando a utilização do tempo exíguo para discussão madura e responsável para planejar uma vida no presente e no futuro para os caxienses.
Como a lei federal permite, entendo eu erradamente esse disparate educacional, bom seria que pelo menos os eleitos fossem todos, independente do seu nível educacional, inscritos no curso de formação de gestão pública, preparado por uma universidade ou faculdade local, mesmo que sem os critérios exigidos para os cursos de bacharelado pelo MEC, mas que certamente melhoraria a capacitação profissional dos novos detentores de cargos públicos de nossa cidade.
Afinal, ganhar R$ 10 mil por mês para um horário de trabalho limitado, é uma ótima remuneração e a retribuição desse valor deve ser exigida de forma mais efetiva pela população.
Ou não?

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