Secretário Municipal da Educação ressalta a qualidade dos servidores



CAXIAS DO SUL - Quando no início do seu segundo mandato como vereador o prefeito Sartori convocou Edson da Rosa para assumir a pasta da Educação, muitos céticos entendiam que talvez a escolha tivesse sido precipitada e que pela falta de experiência e de conhecimento da engrenagem que envolve o setor, talvez alguém ligado diretamente à rede de ensino deveria ter assumido. Na verdade houve vetos por parte de muitos setores da sociedade envolvendo a decisão do chefe do Executivo.
       Passados três anos desde então, Edson da Rosa contabiliza resultados e se constitui no secretário de Educação que mais tempo se mantém no cargo, levando muitos professores e alunos da rede municipal de ensino em coro solicitar a sua permanência na pasta. Para ele, não existe segredo para a resposta que deu aos críticos e aos céticos, pois grande parte do trabalho se deve aos servidores que o acompanha no dia a dia. “A rede municipal de ensino é bem servida de profissionais e estamos realizando um trabalho de gestão. Somos referência no Brasil com profissionais qualificados e experientes que conseguem passar aos alunos e a todos os envolvidos nesse processo o seu aprendizado. Mais de 90% dos nossos professores tem curso superior, pós-graduação e mestrado, então podemos ficar tranqüilos que o trabalho vai ser feito da melhor forma possível”.
       “O nosso jeito de trabalhar é bem simples, temos a convicção de que não sabemos tudo e que temos as pessoas certas que nos cercam na execução das demandas. Num primeiro momento ouvimos para depois implementar nossa metodologia”.
      “Quando aceitamos a tarefa de atuar na SMED, não entendemos que precisaríamos mudar nosso jeito de ser. Eu não mudei o meu pensamento, a minha forma de tratar as pessoas. O meu jeito de ser está intacto, o que buscamos foi justamente conhecer aqueles que nos cercam e atribuir a cada um as suas responsabilidades. Respeitamos todos os tipos de opiniões, precisamos ter essa maturidade, procuro ocupar positivamente o lugar em que trabalho”.

Uma secretaria com muita visibilidade

      “Não nos assusta o fato de estarmos à frente de uma secretaria e administrar para uma cidade com quase 500 mil habitantes. Cinqüenta mil pessoas estão interligadas na rede municipal de ensino de Caxias do Sul. Só por esses motivos somos atentos e cobrados diariamente, pois o instrumento principal do nosso trabalho são vidas”.

A escola como extensão do lar

      “Uma grande parcela de nossa escola está em vulnerabilidade social. Hoje as entidades de ensino estão fazendo às vezes de pai e de mãe, enfim, o que é de atribuição da família que precisa passar por esse processo educacional, acompanhar e estar atenta a tudo o que ocorre com a criança e aquilo que está sendo aplicado no âmbito escolar”.
       “O espaço do professor no cumprimento de sua função está sendo reduzido, aquilo que ele se propôs quando conquistou o direito de ensinar está prejudicado, pois enquanto ele acompanha o aluno e suas diversas nuances dentro da escola, ouvindo seus problemas, suas dificuldades de aprendizado, ele está deixando de aplicar os seus conhecimentos”.
        “Na escola procuramos colocar para as pessoas a realidade, fortalecendo a cultura da paz, mas deve haver essa co-participação dos pais e alunos junto com o professor”.

Falta de vagas, novas escolas e ampliação dos espaços físicos

       “A lei nos recomenda que para acomodarmos todas as demandas para a escola mais próxima do domicílio do aluno. A central de matrículas tem atuado nesse sentido nos últimos anos e aos poucos as reclamações foram sendo dissipadas”.
       “A construção de novos equipamentos públicos depende de amparo legal e os processos são demorados. Estamos atentos ao crescimento e criação de novos bairros e a necessidade de novas escolas, mas isso tem que ser feito de forma gradual. Primeiro temos que detectar de onde e para onde estão indo as pessoas e num segundo momento tomar as medidas”.
       “Em muitos casos a solicitação de ampliação, como por exemplo, na Escola Sete de setembro no bairro São Luiz da 6ª Légua, são difíceis de solucionar pelo simples fato de que o espaço físico já foi todo comprometido”.

Vinda da UFRGS para Caxias do Sul

       “Por diversas vezes representamos os prefeito José Ivo Sartori para tratar desse assunto, temos uma luta de 40 anos que vem desde a solicitação de federalização da UCS. Acreditamos que temos as melhores condições em todos os aspectos. É a única região do Estado que não tem uma entidade pública federal de ensino, daí a necessidade das audiências públicas onde todos possam acompanhar de perto todo o processo”.
       “Mas uma coisa é certa, assim que forem definidos os critérios, forma de gestão e as reais necessidades de acomodação, a prefeitura vai destinar a área para a sua instalação, antes disso, qualquer tipo de direcionamento é mera especulação e perda de tempo. Como o município vai destinar uma área sem saber o tamanho necessário?”

Edson da Rosa aprendeu muito

        “Muito mesmo, toda e qualquer atividade, com percepção e observação, sempre vamos aprender e é um crescimento diário. Na Câmara de vereadores durante quatro anos fui presidente da Comissão de Educação e sempre fui reconduzido por unanimidade. Aprendi acima de tudo a repassar meus sonhos e conhecimentos a outras pessoas”.
       “Essa oportunidade que recebi do prefeito Sartori me fez enxergar os limites e saber que temos um compromisso com a cidade como legislador. Quando não resolvemos uma demanda não é porque não queremos e mas porque não é possível no momento, e isso, muitas vezes, não é bem compreendido”.
       “Mas sem sombra de dúvida, essa é uma experiência que vou carregar para o resto da vida. Todos os profissionais da rede pública terão sempre o meu carinho, independente do governo que estiver no poder, eles estarão ali, prontos para desempenhar o seu papel e isso é louvável”.
       “Nesses três anos me senti como se estivesse cursando algo grandioso e desempenhando na prática tudo aquilo que adquiri ao longo da minha vida. Trouxe para dentro da secretaria, aquilo que sei e o que sou, sem fazer gênero e acredito que tenha dado certo, pois vi nesse período os profissionais colocarem em prática aquilo que eles também vivenciaram e o resultado no meu ponto de vista, foi muito bom”. (Texto Laudir José Dutra/Foto Tatiana de Oliveira).
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