Na Bahia tem o Memorial das Baianas de Acarajé


Na foto, Eunice com as baianas representando o Axé (esquerda) e Samba de Rodas (ao centro)
Por Laudir Dutra
DIRETO DE SALVADOR - A nossa reportagem foi recebida pela senhora Eunice Menezes de Oliveira, uma legítima baiana da gema, que falou com muita propriedade, apresentou todo o espaço e seu acervo, bem como da sua tristeza pelo mesmo ter ficado fechado ao grande público por um período para reformas. O mesmo foi reinaugurado no dia 25 de novembro de 2011 e de lá para cá, tem trabalhado no sentido de manter viva a tradição de visitação e fomentar o redescobrimento do espaço pelos soteropolitanos e também dos milhares de turistas que vêm de todas as partes do país e do mundo.
“Isso aqui é o nosso orgulho, ficamos tristes e sem noção do que falar e pensar. Sempre que alguns turistas procuravam a nossa sede, não tínhamos nenhuma informação e isso doía muito. Mas agora está tudo bem, acreditamos que tenha ficado muito melhor, mais bonito, digno das nossas tradições e cultura”, sintetiza.
Inaugurado em 2009, o Memorial das Baianas de Acarajé de Salvador integra o Pontão de Cultura criado em 2008, por meio de convênio entre o Iphan e a Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus e Receptivos (Abam) com a finalidade de fortalecer ações de salvaguarda do ofício. Essas ações visam apoiar sua continuidade de modo sustentável por meio de melhorias das condições sociais e materiais de transmissão e reprodução.
Localizado no centro histórico da capital baiana, o memorial é resultado de ações empreendidas por uma rede de parceiros constituída pelo Iphan, responsável pela articulação das ações de salvaguarda orientadas por sua Superintendência na Bahia e que envolvem ainda a Secretaria de Cultura do estado, na figura do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, a Prefeitura Municipal de Salvador e o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Iphan, responsável pela elaboração de projeto expográfico para o memorial.
A reformulação da área expositiva do memorial era antiga demanda da Abam, parceira na realização do inventário que embasou o registro do ofício como patrimônio cultural e em outros projetos de apoio ao artesanato associado à imagem e ao trabalho da baiana de acarajé, como os fios-de-contas, pano-da-costa e a roupa de baiana,  desenvolvidos pelo CNFCP.
Discutido com o grupo desde 2007, o projeto foi concebido para integrar os diferentes espaços do memorial, cozinha, sala de oficinas, salas de exposição, centro de referência,  numa perspectiva que potencialize a difusão dos conhecimentos e modos de fazer associados ao ofício da baiana. (Foto Ponto Inicial)

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