Há muitos anos atrás, todos que moram em Caxias do Sul, mesmo aqueles que não torcem para o Esporte Clube Juventude, ficavam em frente ao televisor ou com o ouvido colado no rádio para saber como foi o jogo e o resultado era aguardado como se fosse uma decisão a cada partida.
Hoje infelizmente os tempos são outros, ao invés de ver o Estádio Alfredo Jaconi lotado, um vazio que faz inveja a muitos campinhos de várzea. Definitivamente o torcedor esmeraldino não ama o seu clube ou vive de resultados. Claro que existe uma contradição quanto a isso, um clube só tem realmente a freqüência do seu torcedor mediante resultados, mas na contramão da história, o Esporte clube Juventude, salvo no seu auge que foi a conquista da Série B, a Copa do Brasil e o Gaúchão, não se tem notícia de grande comparecimento de torcedores.
A derrocada iniciou há alguns anos, coincidentemente quando da saída da Parmalat, que foi importante na questão de estrutura física da agremiação, veio o rebaixamento para a Série B do Brasileiro, o rebaixamento para a Série C e posteriormente um novo rebaixamento para a Série C, ou seja, isso talvez tenha sido a gota d’água para os torcedores.
Concomitantemente casos de racismo na praça de jogo, com perdas do mando de campo, jogos com portões fechados sem a presença do torcedor, entra e sai de técnicos que não dão resultados satisfatórios segundo a diretoria, indisciplina de jogadores, sem contar com a venda de patrimônios, como a venda dos campos de treinamentos, considerados por alguns, modelos para muitos clubes do interior.
Muita falta faz aos amantes do futebol, uma equipe mais ambiciosa, que não pense a longo prazo, sem deixar de preocupar-se com o seu momento atual, pois nem mesmo no Campeonato Gaúcho a equipe da serra vai bem.
A menos que o quadro social esteja dando o respaldo necessário nas questões de compromissos financeiros assumidos, não dá para ver a curto prazo, uma solução condizente com as tradições do Esporte Clube Juventude.
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