Licitações no transporte público, sempre uma discussão acalorada

TRANSPORTE - Em Pelotas, Executivo e Legislativo divergem sobre pontos do edital de abertura para a licitação para o transporte público urbano.
Vereadores insistem que a licitação deva contemplar os rodoviários, com algumas novas vantagens e a garantia de outras já asseguradas por longos anos de batalha, enquanto que a prefeitura quer seguir as normas recomendadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Por isso que a comunidade culpa ou reage sempre contra os vereadores nessa questão de concessões do transporte público, pois invariavelmente se discute os direitos dos motoristas, que é justo e os ganhos da empresa e nunca as necessidades do usuário.
Em Caxias do Sul, a empresa que detém os direitos de explorar o transporte público, prorrogado de acordo com a Lei 303/2009 no dia 11/12/2009, devendo finalizar em 13/05/2020, ou seja, muito tempo ainda, possui boa qualidade no equipamento, mas não atende da mesma forma no que tange ao cumprimento de horários principalmente.
Isso com certeza não está relacionado, por exemplo, com carros não obedecendo os mesmos e sim aos trajetos traçados, que determina que um carro percorra vários bairros antes de se dirigir ao destino final.
Se traçarmos uma linha reta com o caminho que contemple a necessidade do usuário, diminuiria pelo menos em 20 minutos o tempo entre a viagem até o centro e vice versa. Imagine então com as obras que estão ocorrendo em praticamente toda a região central e os desvios de rota necessários para acessar o centro, quanto tempo as pessoas passam dentro de um ônibus sem a necessidade alguma ou que poderia ser amenizada.
Para aqueles que de vez em quando necessitam utilizar o transporte público, fica evidenciado o transtorno por que passam aqueles que todos os dias embarcam nessa aventura, que de certa forma se torna perigosa.
Os perigos decorrem justamente da velocidade que os motoristas precisam empregar para cumprir o horário estabelecido pela empresa.
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Atualmente, fazendo um monitoramento constante e basicamente na localidade que estamos inseridos, verificamos que a linha 79 que circula no Parque Oásis, Millenium, Moradas dos Alpes, via Fátima, é a que apresenta as maiores reclamações dos usuários, principalmente em horário de maior movimento, entre 11h30min e 14h e 17h e 19h30min. Por motivos óbvios, saídas de escolas e das empresas.
Principalmente na parte da tarde, 40, 50 pessoas viajam em pé, do total da lotação, pelo menos 80% descem no bairro Fátima, deixando claro que a linha de origem se desconfigura, numa clara falta de planejamento ou uma melhor avaliação da Secretaria ou Conselho Municipal dos Transportes para um detalhe tão simples de equacionar.
O conflito entre os próprios usuários é assistido pelo motorista e cobrador, isso quando não envolve ambos. Vejam senhores, que estamos falando de apenas uma ou duas linhas, imaginem só em outros locais mais distantes.
Quando se arrola sempre os vereadores, é por um motivo bem simples e óbvio, são eles que concedem esse direito às empresas e por longos anos, diga-se de passagem por leis já existentes. Sendo assim nada se pode fazer, senão lamentar que uma cidade quase beirando os 600 mil habitantes tenha que se sujeitar a todo tipo de desmando e situação.
Ainda faltam cinco anos para finalizar os 10 anos de permissão, mas o assunto bem que já poderia merecer espaço para reflexões imediatas das autoridades competentes, poder público e classe política, sobre o modelo de edital que será base para que qualquer empresa possa se credenciar e pleitear os serviços público de transporte coletivo urbano da cidade.
Existem tantas cidades de menor porte com duas, três ou mais empresas prestando essa necessidade primeiríssima da população, porque não pensar desta forma.
Observar apenas com critérios bem pensados, o tempo de constituição da empresa que está se candidatando, para que se evite no futuro, algum tipo de lamento.
(Texto e foto Laudir Dutra)

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