Falece professor Pádua, fundador do PTB, cassado em 64 e militante do PDT


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OCAXIAS DO SUL – PDT registra com pesar o falecimento, no dia 16/04, do histórico militante e fundador do PTB no Rio Grande do Sul, professor Antônio de Pádua Ferreira da Silva. Aos 92 anos, faleceu de complicações decorrentes da hemodiálise. Estava internado no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre. O corpo será cremado amanhã, às 15h, no Crematório Metropolitano.
Histórico
O professor Antônio de Pádua Ferreira da Silva nasceu em 1o. de abril de 1922, em Porto Alegre. Casado, oito filhos, bacharel e licenciado em matemática pela UFRGS, e bacharel em administração (comércio exterior). Foi recenseador do IBGE em 1940, onde ingressou através de habilitação pública; atuou na implantação da seção de estatística do DAER (1941); classificado em quinto lugar no concurso público para o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), onde cumpriu 42 anos de serviço e alcançou todas as promoções funcionais, aposentado-se em 1982; foi delegado regional do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETC), de 1959 a 1961; foi chefe de Gabinete da secretaria de Estado do Interior e Justiça de 1953 a 1954, tendo trabalho em vários projetos e leis que modificaram o sistema policial e o sistema penitenciário; membro do Conselho Estadual de Educação (1962/1963), tendo sido o relator da resolução que implantou no Estado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; assessorou a direção do DEMHAB (1986/1987); assumiu a primeira titularidade da Secretaria de Saúde e Ação Social de Viamão (1987/1988), elaborando o plano municipal de saúde, um dos mais completos e avançados no Estado, na época, e concebeu a Fundação Municipal de Saúde Pública, aprovada pela Câmara Municipal; participou do Conselho Fiscal do Banrisul (1992/1994); do Conselho Estadual de Educação (1992 e 1994 até 2000); presidiu o Conselho Estadual do FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (1999/2000); foi redator do Correio do Povo (1946 / 1958); idealizador e presidente da Cooperativa de Crédito dos Previdenciários do Rio Grande do Sul Limitada – COPRESUL (1956/1976); prestou serviços contábeis, perícia e de consultoria para diversas empresas privadas.
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Alberto Pasqualini e Getúlio Vargas
Na militância estudantil, durante 1944 e 1945, presidiu o Centro Acadêmico Franklin Delano Roosevelt,da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; a Junta Governativa da Federação dos Estudantes Universitários de Porto Alegre – FEUPA; e a União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE); eleito pela Faculdade de Ciências Econômicas de Pelotas para representante junto ao Conselho Estadual de Estudantes (1947); fundador (1946) e diretor (1947) do curso gratuito Franklin Delano Roosevelt, da Faculdade de Filosofia da UFRGS, onde lecionou, sem honorários, durante sete anos; fundou e presidiu a Associação dos Licenciados do Rio Grande do Sul (1948); presidiu a Associação dos Previdenciários do Rio Grande do Sul – APRESUL (1951/1969); sócio militante do Sindicato dos Professores, da Associação Riograndense de Imprensa, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e do CPERS-SINDICATO; presidente do Clube Inapiários do Rio Grande do Sul (1950/1951); fundador e primeiro presidente de Plataforma Marítima de Tramandaí – Clube de Pesca (1973/1978); vice-presidente administrativo e diretor do Departamento de Habilitação a Financiamentos da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Esteio – ACISE (2001/2005); vice-presidente administrativo-financeiro do Instituto Brasileiro de Saúde, Ensino, Pesquisa e Extensão para o Desenvolvimento Humano– IBSAÚDE; sócio fundador e secretário do Conselho Deliberativo da Fundação CAMINHO DA SOBERANIA.
Começou a militância partidária como membro da União Social Brasileira – USB, entidade inspirada e presidida por ALBERTO PASQUALINI e, posteriormente, incorporada ao PTB (1945/1946); militante, desde a fundação, do Partido Trabalhista Brasileiro, presidiu a Ala Moça do PTB (1946/1947) e foi membro do Diretório Estadual (1948/1964); em 1958, concorreu a deputado estadual, pregando o nacionalismo; de 1958 a 1964, realizou palestras na maioria dos municípios gaúchos e em diversos estados, abordando o nacionalismo; fundador, 1º vice-presidente da executiva estadual e presidente da executiva municipal de Porto Alegre do Movimento Nacionalista Brasileiro (até 1964); novamente defendendo o nacionalismo e o trabalhismo, disputou uma vaga na Câmara Federal em 1962; em 1979, com a perda da antiga sigla (PTB), tornou-se um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista, sendo membro titular do Diretório Estadual; presidente, de 1993 a 1998, do Instituto de Estudos Políticos e Sociais Alberto Pasqualini, do PDT; membro titular do Diretório Nacional do PDT; membro titular do Conselho Político Estadual do PDT (2003).
Ditadura militar
Em 1964, o professor Pádua teve seus direitos polícos suspensos por 10 anos, pelo Ato Institucional nº 1. Sua vida sofreu rigorosa investigação, mas nada foi encontrado para acusá-lo em IPM ou outro processo. Em decorrência da Lei da Anistia, reassumiu os cargos de Fiscal do IAPAS (atualmente, Auditor Fiscal da Receita Federal) e professor do Colégio Estadual Júlio de Castilhos.
Crédito: Divulgação PDT
Professor Pádua militava ativamente no PDT. Em Erechim, ao lado do ex-deputado Ney Ortiz Borges, ensinava os conceitos trabalhistas.

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