Flávio Cassina: “Um partido não sobrevive sem mandato. Estamos de volta”



CAXIAS DO SUL - Flávio Guido Cassina conquistou 2277 votos, menos do que nas eleições passadas, onde ficou como suplente, mas isso não significa que tenha diminuindo a sua representação junto ao seu eleitorado. Pelo contrário, se faz uma analogia sobre o aumento significativo do número de candidatos deste ano. De 158 nomes, passou para 358, um aumento de mais de 120%, o que tornou a disputa mais ferrenha, não menos desgastante e produtiva.
Para as pretensões de quem realmente almejava buscar um lugar entre os 23 vereadores, visto do lado de fora, a leitura deveria ser exatamente esta, buscar ao menos repetir votações anteriores, não baixar tanto ao ponto de ficar numa posição perigosa e aí, contar também com a possibilidade de todos fazer uma boa votação, dividindo sensivelmente o coeficiente. No final deu tudo certo, Flávio fez 662 votos a menos, viu se confirmar a sua previsão e de quebra, agora, terá mais dois companheiros para fazer um ótimo trabalho também na Câmara de vereadores.
“Pulverizou muito a campanha. Antes da eleição, tínhamos dois cenários. No primeiro a possibilidade de eleger com menos votos, analisando o cenário e a quantidade de candidatos envolvidos. No segundo cenário, avaliamos a possibilidade de alguém disparar, se desgarrando dos pretendentes, fazendo um uma enormidade de votos, como invariavelmente tem acontecido nas últimas eleições, deixando a chance mais real de uma eleição. Se um candidato, assim como ocorreu com o Washington, que conquistou tantos votos no último pleito”.
Para Flávio Cassina, alguns aspectos devem ser observados e ver onde realmente os votos estiveram concentrados.
“Fizemos análise urna por urna nas três vezes em que concorremos e comprovei que na zona rural verificamos um aumento real de votos. Na zona urbana houve uma sensível redução. Atribuímos essa fuga, não como desculpa, mas sim de fato ao grande número de bons candidatos, que tiraram votos de tradicionais nomes.
Sabíamos das condições dos nossos candidatos, portanto, houve uma surpresa positiva para nós do PTB, que estávamos tanto tempo longe do poder. Uma sigla não sobrevive dessa forma, ela é criada para fazer parte das discussões e quer estar de alguma forma no contexto geral de qualquer discussão”.
Resultado esperado, sem nenhum fato novo.
“Sabíamos das nossas condições, das condições dos nossos candidatos. No meu entendimento e pelo que a gente acompanhou ao longo da campanha e por outros fatores, se reelegeriam 13 dos atuais 17 vereadores. As surpresas ficaram por conta de Kiko, nome desconhecidos, Daniel Guerra, que aumentou a sua votação com relação ao leito passado deixando de fora o Francisco Spiandorello e o Adiló Didomenico, nosso companheiro, que se fosse uma eleição normal, teria sido o campeão de votos.
Mas temos muitas coisas a comemorar, o PTB se configurou como o maior partido da coligação, conseguimos eleger três vereadores e agora podemos discutir com mais tranquilidade, fazendo parte de todo um contexto como um fato positivo da nossa política”.
Agora vem o governo Alceu, com novos desafios.
“O Alceu Barbosa Velho terá maior dificuldade para compor a sua equipe de trabalho em função do grande número de partidos da base aliada. De alguma forma, a composição passa necessariamente pelas escolhas internas de cada sigla e dentro desse contexto, vamos nos organizar e ver realmente onde podemos ajudar”.
Coligações, bancada, nomes.
“Por ironia do destino, esta foi a pior votação das três em que participamos e conseguimos nos eleger, mais em função da pulverização, mas com uma coligação bem costurada, recuperamos a bancada, que sempre é bom para o fortalecimento do partido.
Nas coligações existem sempre o risco, resolvemos desta vez, apostar em nós mesmos. Desta forma, tínhamos a certeza de que recuperaríamos a bancada e graças a Deus e aos eleitores que confiaram nas nossas propostas e nos atenderam nas urnas. Cabe ressaltar e valorizar o fato de que por mais de 20 anos não tínhamos uma bancada com três vereadores. Isto é muito importante”.
Defender os interesses de uma classe.
“Não posso dizer e fazer diferente, afinal de contas, faço parte da classe empresarial há 52 anos. Vou defender sim os interesses sim o interesse da indústria, do comércio e serviço, ciência e tecnologia e capacitação para o trabalhador.
Vamos fomentar as parcerias, principalmente com o Sistema S, ampliar o número de CIADs, Centro de Inclusão e Alfabetização Digital. No governo Sartori foram feitos 14 desses centros, dez foram para o interior. Vamos lutar para que a cidade seja contemplada com pelo menos mais 10”.

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