Antônio Roque Feldmann: o jornalista que virou notícia


CAXIAS DO SUL - Depois de muito tempo relatando e divulgando o que os outros andam fazendo, não antes de um curso intensivo junto a José Ivo Sartori pelos palanques da política e uma pós-graduação no mesmo exercício, agora ele é vidraça. Os leitores e internautas do Ponto Inicial conhecerão na matéria a seguir, o que pensa da vida, como vive e quais os passos que o conduzirão a vencer mais esse desafio. Convidados a todos para conhecer ANTÔNIO ROQUE FELDMANN, o vice-prefeito eleito nas eleições 2012.
Ponto Inicial – Quem é Antônio Roque Feldmann, formação, estado civil, filhos, ideologia de vida, idade , descendência e no que acredita?
Antônio Feldmann - Sou um apaixonado pela vida, que acredita nas pessoas, um homem cheio de sonhos e ideais. Alguém que se realiza com coisas simples, e que sente necessidade de ajudar os outros para se sentir bem. Sou formado em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul, casado com Gisleine Feldmann e pai de Sabrina (11) e Manuela (1 anos e 10 meses). Tenho 44 anos, e nasci numa pequena localidade do interior de Guaporé, chamada Santa Bárbara. Acredito com todas minhas forças na capacidade das pessoas em viver para promoção da paz e do bem, de se ajudar e de encontrar na família a realização e a felicidade.

PI -De todos os desafios na sua vida, este pode ser considerado o maior?
Feldmann - Gosto de me desafiar, de assumir compromissos. Porque sei que tenho uma missão nesse mundo e quero poder dar minha contribuição, fazer minha parte, para que as pessoas possam viver melhor, ajudar a cidade que me acolheu há 30 anos e retribuir todo carinho e apoio que recebi das pessoas nesse tempo todo. Trabalhar em favor das pessoas e melhorar a vida de quem mais precisa não é uma tarefa simples, é uma missão sagrada, precisa mais do que simples disposição. Precisa ter vocação.
PI -Na sua opinião, o que motivou o partido a escolher o Antônio Feldmann?
Feldmann - O PMDB tem tantos outros nomes que poderiam estar no meu lugar. Não sou melhor do que ninguém. Acredito que recebi essa confiança pela minha disposição, pelo meu trabalho, pela dedicação que tenho demonstrado na vida política. Mas acima de tudo, pelo entusiasmo que tenho por esse projeto que está em construção em Caxias, que teve início em 2005 pelo prefeito José Ivo Sartori e o vice A lceu Barbosa Velho. É um projeto feito por muitas mãos e muitos corações, que está transformando a cidade e mudando a vida das pessoas para melhor. E isso foi compreendido e teve o resultado nas urnas. O importante é destacar o espírito coletivo e de união desse projeto, de pessoas simples e humildes que sabem colocar os interesses da sociedade acima dos interessas particulares. E assim foi com o PMDB, que teve a grandeza de abrir mão da cabeça de chapa pela primeira vez na história política de Caxias, colocando Caxias do Sul acima dos interesses partidários e individuais.
PI -Qual foi o momento mais tenso que enfrentou na campanha ou antes mesmo de ter sido efetivado como candidato a vice prefeito pelo PMDB?
Feldmann - Sinceramente, não houve momento de muita tensão. De preocupação, sim, o que é diferente. Mas o que mais deixou a gente triste foram os ataques, as acusações, as apelações de alguns adversários. Mas as urnas deram um recado muito claro: não tem mais espaço para candidato atirador, aquele que usa uma campanha eleitoral para tentar desqualificar os outros. Campanha é momento sagrado para debater e discutir idéias, para mostrar o que queremos fazer com o cargo público que o eleitor vai nos delegar. É preciso respeitar todas as pessoas, até aqueles que pensam totalmente diferente da gente. E isso alguns ainda não entenderam. Mas receberam o recado.
PI -A que você atribui essa meteórica ascensão na carreira política?
Feldmann - Acho que é um crescimento normal, longe de ser uma ascensão meteórica. E acredito que se deve ao meu jeito simples de ser, meu entusiasmo pela vida, minha dedicação ao que faço, e acima de tudo porque consigo transmitir minhas ideias e aquilo que acredito e penso de forma clara. Não existe segredo, nem fórmula pronta para o sucesso eleitoral. A gente tem que agir com naturalidade e mostrar aquilo que somos, sem inventar nada e muito menos, enfeitar. Cada vez mais o eleitor está confiando em gente que mostra sinceridade e vontade de fazer alguma coisa para melhorar a vida dos outros. E se isso for feito com alegria, melhor ainda. É preciso convencer e mostrar que a gente acredita realmente no que está falando. E está realmente decidido a trabalhar para melhorar as condições de vida das pessoas, sempre ressaltando que seja preferencialmente para as mais necessitadas, aqueles que mais precisam.

PI -Qual a importância de José Ivo Sartori na sua carreira e na vida pessoal?
Feldmann, Alceu e Sartori em carreata pela cidade

Feldmann - Decisiva e fundamental. Comecei a vida política pela oportunidade que tive há 16 anos de trabalhar com esse grande líder. É daquelas pessoas que tem a grandeza medida pelo tamanho de sua simplicidade e humildade. Uma vida de retidão exemplar, de um caráter invejável, e ao mesmo tempo de alguém que se emociona e tem sensibilidade. O Sartori consegue ser natural, espontâneo, mantém seu jeitão de gringo, de colono, o que é uma coisa bonita. Porque normalmente as pessoas mudam com o poder. E na maioria das vezes para pior. Mas o Sartori tem essa marca de ser sempre a mesma pessoa. E isso as pessoas comentam e dizem dele. Acho que é o maior patrimônio de um líder político, não querer ser melhor do que ninguém e nem superior aos outros. É humano.
PI – Durante a campanha, pelos compromissos sabidos do então deputado estadual Alceu Barbosa Velho, sentiste o peso da responsabilidade pelo fato de ter que percorrer muitos lugares sozinho?
Feldmann - Sempre fiz as coisas com muita alegria. Não somente agora na campanha, mas na minha vida. E procurei manter esse meu estilo, esse meu jeito de ser. A gente não tem que mudar nossos hábitos, nosso jeito e nossa conduta, somente porque estamos em época de eleição. Como eu disse antes, acredito que temos que ser sinceros, originais, verdadeiros em todos os momentos da vida. E eu fiz meu trabalho com entusiasmo, com alegria e muita responsabilidade. Porque eu não estava representando apenas minhas ideias e convicções, mas defendendo um projeto coletivo, um governo que como eu disse é feito por muitas mãos e muitos corações.
PI -Pela grandeza dos dois partidos PDT e PMDB, qual é a responsabilidade e a postura de cada um, sabendo que daqui a três anos e meio um ou outro deverá novamente assumir a condição de cabeça de chapa?
Feldmann - Todos os partidos da coligação tem responsabilidade, porque ajudaram a construir a vitória e estão juntos na elaboração do atual projeto. E sobre o futuro, é preciso esperar o tempo certo das coisas. E a melhor maneira de garantir o futuro, é saber respeitar e enfrentar as etapas da vida, fazer bem a tarefa que temos no presente. Fazer bem nosso trabalho, cumprir bem nossas obrigações do momento.
PI -Alguns membros do PMDB, nomes de peso como Germano Rigotto e Pedro Simon defenderam desde o início candidatura própria para prefeito. Isso de certa forma não causou um mal estar no momento de fechar questão em torno de Alceu e Feldmann?
Feldmann - Pelo contrário, acredito que referendou a característica histórica do PMDB, de um partido democrático e que respeita as divergências. E o bonito disso tudo é que depois de decidido a chapa, tanto o Simon quanto o Rigotto se envolveram na campanha e nos ajudaram muito. Isso é ser democrata, isso é ter caráter e honestidade. Ou seja, ter a liberdade de defender seus pontos de vista, mas assumir as decisões da maioria, mesmo que não sejam aquelas que defendíamos. E depois que o Diretório do PMDB decidiu por aclamação indicar meu nome para vice do Alceu, todos os partidários se engajaram e passaram a defender nosso nome. Por isso, posso dizer que o PMDB de Caxias teve vários gestos de grandeza, não apenas política, mas também de compromisso com a cidade.
PI -Você entende que vice é só vice mesmo, que representa o prefeito ou assume o lugar na sua ausência ou pretende estar a frente de algum projeto dentro do governo Alceu Barbosa Velho. Quem sabe acumular alguma função específica, como secretário?
Feldmann - Quero ser alguém que colabore e ajude. Meu único objetivo é contribuir para que esse projeto de governo tenha continuidade e continue melhorando a vida das pessoas, principalmente dos nossos bairros, das crianças, dos idosos, de quem mais precisa. Sobre as funções específicas, elas devem estar sendo definidas conjuntamente com o prefeito eleito, com o qual tenho uma relação muito boa, de muita afinidade, de respeito e tenho certeza que assim vai se manter durante todo o governo.
PI -O vice-prefeito eleito Antônio Feldmann vai poder definir, junto com Alceu, alguns nomes para compor o governo ou essa tarefa caberá basicamente ao prefeito ou todos os partidos deverão apresentar os nomes e prefeito e vice avaliarão se aceitam ou não?
Feldmann - Acredito que eu não deva estar indicando ou impondo nomes. Não é do meu estilo fazer isso. Isso é tarefa do prefeito, que certamente vai estar definindo juntamente com os partidos e com sua coordenação de campanha. O Alceu é bastante democrático, é de ouvir bastante e tenho certeza que vai indicar as pessoas certas, que tenham compromisso com o projeto e também competência para a função. Se eu for chamado para opinar ou ajudar, certamente estarei colaborando. (Texto Laudir José Dutra/Fotos Chimia Lorenzett)

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