Do pasquim ao computador

Paulo Pezzi

Por Paulo Pezzi

Há 50 anos as pessoas já faziam divulgações manuais para punir os infratores, tais como pequenos furtos, todos divulgados e comentados. O boca a boca funcionava mesmo.

A pessoa envolvida deixava a cidade por vergonha que todos já estavam sabendo de eu ele cometera um delito, por menor que fosse.

O tempo foi passando e com ele veio o telefone, que na mesma medida, passou a ser o meio mais rápido e eficaz para que as pessoas difamassem os outros. Casais era o alvo preferido, que invariavelmente estavam envolvidos em fofocas sobre a sua vida pessoal ou íntima.

Logo a seguir chegou o celular, também outro meio muito usado para os fins acima e com uma comodidade a mais, não era necessário estar em casa para fazer comentários ou passar alguma informação, pois sendo móvel, de qualquer lugar a pessoa poderia lançar mão dessa tecnologia. Aliás, esta foi a maior invenção de todas e um avanço significativo sem precedente.

Mas nada igual à criação do computador e suas redes sociais, que permitem que a pessoa fale em tempo real com qualquer parte do mundo.

Podemos citar aí as mais comuns ligações entre as pessoas, facebook, twitter, MSN, que são infelizmente também, responsáveis por mais de 60% das separações de casais no mundo inteiro.

Talvez os criadores dessa tecnologia não tivessem a noção do que representava isso tudo, mesmo que certamente os objetivos tenham sido atingidos, assim como o foco principal que eram os jovens de todas as idades.

O que era para ser uma solução e uma novidade boa, uma comodidade, tanto para pessoas quanto para empresas, se tornou um caos de difícil controle por parte da sociedade em geral.

Principalmente para aqueles que têm filhos pequenos, adolescentes e pré-adolescentes, que ficam horas e horas em frente do computador, ou para jogar com a tecnologia quase real de jogos e simulações, ou para contatar amigos de colégio ou de algum outro segmento.

É preciso saber e colocar também que a internet e o computador são prejudiciais à saúde dependendo da maneira que é usada. Ela pode ter um papel importante na formação ou na educação das pessoas ou pode ser altamente nociva, pois é comum assistirmos os noticiários onde aparecem manchetes onde menores são aliciados através da rede, pois estão expostos todo tempo.

Nem sempre é possível saber quem está do outro lado teclando. Os artifícios são muitos e alguém sem rosto pode perfeitamente se passar por uma pessoa de bem e fazer algum tipo de convite.

É preciso que os pais fiquem atentos a esses perigos que rondam as famílias. O que pode parecer inofensivo, amanhã pode ser uma dor de cabeça ou uma tragédia anunciada.