Os preços estão nas nuvens. O choro é livre?


O tomate é o maior de todos os vilões, se considerarmos o seu consumo...o quilo chega a custar R$ 5,00
O choro até pode ser livre, porém o que é preciso ter sempre em mente é a nossa condição de percepção das coisas. Acreditar na boa fé das pessoas de que os preços só estão elevados por causa das intempéries naturais é conversa para boi dormir.
Esta semana fui comprar tomates no supermercado. Sempre levo um quilo mais ou menos, até porque, com a quantidade dos agrotóxicos colocados, a vida útil desta fruta não passa de 4, 5 dias. Pois bem, custa em torno de R$ 4,50 o quilo, sendo que há um mês, os feirantes e os supermercadistas comercializam entre R$ 1,00 e R$ 1,60. Isto sim deveria estar nas olimpíadas na modalidade salto em altura. Produtores, governo e atravessadores deveriam lavar o rosto com produto para tratar madeira pela tremenda cara de pau.

O pimentão por outro lado, passa dos R$ 6,00 o quilo, nem tão sentido o valor em função de que dá para substituí-lo no dia a dia.
Um conselho: não faça igual a este editor, que levou quatro tomates pagando R$ 4,60, ou seja, aproximadamente R$ 1,00 a unidade. Não comprem, deixem apodrecer nas gôndolas dos supermercados. Não devemos pagar este disparate pelo tomate, e nem tão pouco pelo pimentão que está com o preço igual. Isso precisa acabar.
Em média uma lata de óleo custa R$ 3,10, o quilo de açúcar refinado R$ 2,40, o arroz não sai por menos do que R$ 6,50 os 5 quilos e do mais comum. Alguns como o Tio João, uma das marcas mais procuradas, custa em torno de R$ 10,00 o pacote de 5 quilos, feijão beirando os R$ 3,00 o quilo. Realmente o país está uma maravilha, a presidente Dilma com altos índices de popularidade, mais de 70% de aprovação, assim como o ex-presidente Lula que ostentava marcas semelhantes.
Mas o que está acontecendo com a população brasileira, perdemos a capacidade de indignação? Como pode sobreviver uma família pobre com o salário mínimo se os preços sobem mais do que ele? Será que as pessoas não se dão conta de que fazer os famosos ranchos nos supermercados com cheques pré-datados para pagar 90 dias após a compra é um engano fatal para qualquer um. E nos 30 e 60 dias o que vão comer? Essa conta realmente não fecha.
Como hoje os produtos estão com os prazos de validade cada vez mais curtos, em muitos casos não convém comprar um monte de carne, por exemplo, para o mês todo. Quando os preços apresentados estão baixos, desconfie, no final do mês geralmente muitos produtos devem ir para o lixo por estarem vencidos.
Então temos que ficar atentos e indignados com os preços ‘liberados’, podendo cada um vender pelo valor que mais lhe convém. Em Caxias para quem não sabe, vou contar um segredo: AQUI TEM POBRE e esses não têm tanto poder de compra como os da classe média por exemplo.
Enquanto isso, o governo inicia uma divulgação da balança comercial onde aponta o país como superavitário no que tange à agricultura e pecuária, mesmo que ao mesmo tempo admite que prefere vender para fora, onde o lucro é maior. Ou seja, além de ficarmos com o pior colhido, ainda temos que pagar como se estivéssemos importando.

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