CAXIAS DO SUL - O ex-deputado federal e ex-reitor da UCS volta à cena política, ele que está afastado desde a última eleição em 2010, quando concorreu à reeleição para a câmara federal. O tucano falou com exclusividade à reportagem do Ponto Inicial o momento político de Caxias do Sul e o caminho que deve seguir o PSDB no próximo pleito municipal.
O momento é de indefinições
“A situação está se desenhando agora. Tem o Pepe Vargas, sempre um candidato fortíssimo, que acredito que deva concorrer, até porque seu nome já foi escolhido pelo próprio PT, assim como o deputado Assis Mello, que também representa uma grande possibilidade de êxito.
O PMDB ainda não sabe bem o que quer, uma hora se fala em candidatura própria, outra hora desconversa e fica em cima do muro.
Quanto a candidatura de Alceu Barbosa Velho, entendo que para decolar realmente precisa haver o apoio de outros partidos. O ideal mesmo seria uma composição com o PMDB, pela representação e pelos dois mandatos realizados juntos”.
O PSDB não deve ficar de fora
“Pela vontade da Executiva estadual, deveríamos ficar de fora, mesmo que a orientação seja no sentido de aproveitar o tempo que temos no rádio e na televisão, que é sempre importante em uma eleição.
Acho que devemos estudar essa possibilidade e lançar nossos próprios candidatos à majoritária. Temos dois potenciais, o Francisco Spiandorello e o Daniel Guerra com boas chances de ir para o segundo turno, caso isso se concretize.
Vou trabalhar no sentido de colocar candidato, mesmo porque que a nossa participação no governo atual é insignificante. Os dois secretários não foram indicados pelo PSDB, portanto sem vínculo algum com a história e as diretrizes do nosso partido.
Posso falar isso porque transferi 90% dos meus votos em favor de José Ivo Sartori e isso foi decisivo para a sua vitória no primeiro mandato. No segundo mandato repetimos a dose e acredito que ajudamos bastante também. Cumprimos o nosso papel e agora devemos buscar o nosso próprio caminho.
Sem participar da majoritária não penso que devemos participar da próxima administração, caso sejamos convidados e dependendo do resultado final, até pela nossa grandeza e representação política no município”.
Trajetória
Ruy Pauletti nasceu em Caxias do Sul no dia 15 de fevereiro de 1936, é formado em Estudos Sociais pela Unijuí, começou a dar aulas em 1957, na área rural da serra gaúcha. No ano seguinte, transferiu-se para Três Passos, onde cinco meses depois foi o vereador mais votado do município. Com apenas 24 anos, concorreu à prefeitura.
Em 1971, foi aprovado em concurso público estadual para o magistério, obtendo o primeiro lugar. No governo Euclides Triches exerceu o cargo de delegado de Educação. Em 1975 foi contratado pela Universidade de Caxias do Sul, onde foi pró-reitor de Administração e Extensão por dez anos. Depois, seria reitor da universidade, entre 1990 e 2002.
Filiou-se ao PSDB, deixou a reitoria da UCS para concorrer a deputado estadual pela sigla, em 2002, sendo eleito com 57.035 votos, cerca de 42 mil somente em Caxias do Sul. Em 2004, o tucano concorreu a prefeitura de sua cidade natal, terminando em terceiro lugar. Nas eleições de 2006 elegeu-se para a Câmara Federal, com 57.064 votos, ou 0,96% do total de votos válidos, curiosamente apenas 29 votos de diferença do pleito de quatro anos antes. Nas eleições tentou a reeleição para uma cadeira na câmara federal, mas acabou ficando de fora. Atualmente está aposentado da política e não pretende concorrer mais a nenhum cargo eletivo. (Foto Ponto Inicial).
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