Dormindo com o inimigo no Beira-Rio

A contratação de Julinho Camargo, auxiliar técnico de Falcão para ser treinador do Grêmio pegou a todos de surpresa, acredito até que ele já vinha mantendo algum tipo de diálogo com o tricolor há algum tempo, o que dá a dimensão do tamanho da notícia.
Não se pode ser bairrista nesta hora, imagina-se que um profissional aceite uma proposta do arqui-rival de qualquer agremiação, pura e simplesmente pela oportunidade recebida. Em sua primeira entrevista, Julinho já chama o seu novo clube de nº 1, praticamente cuspindo no prato que comeu. Aliás, deve ter comido cobras e lagarto, em outras palavras, o pão que o diabo amassou, pois sabidamente gremista, vendo o seu time do coração se afundar, realmente ele tinha que fazer alguma coisa. E fez, aceitou correndo a proposta do Grêmio.
Falcão desejou boa sorte ao Julinho e a direção o liberou sem problemas, uma vez que não havia mais nada a fazer, pois o seu pedido de afastamento foi de forma irrevogável.
Mas sem paranóia, assim como já aconteceu com tantos aqui no Rio Grande do Sul, teve o caso do treinador Mano Menezes que deixou a S.E.R Caxias em pleno planejamento de uma temporada para treinar o Grêmio, o que não agradou a muita gente em Caxias do Sul. Na esfera de dentro de campo, outros casos famosos, o jogador Batista, que sofrera uma lesão séria e fora operado e não teve o contrato renovado pelo Internacional, acabou no Grêmio e outros casos de menor importância. Mas o Internacional está no caminho certo e a saída de Julinho para o Olímpico deve ser encarada como um reconhecimento do arqui-rival ao trabalho desenvolvido no Beira-Rio. (Foto Divulgação).

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