Secretária da Saúde Dilma Tessari falou no legislativo
CAXIAS DO SUL - Mais de R$ 92,056 milhões já foram investidos na saúde, pela Prefeitura,
conforme prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde, realizada em
audiência pública, na tarde desta sexta-feira (25/10), na sala das comissões do
Legislativo caxiense. A secretária da pasta, Dilma Tessari, e o contador Josué
Ignácio da Costa passaram as informações durante a reunião, coordenada pelo
presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, vereador Henrique
Silva/PC do B. Pelos dados apresentados, aquele montante corresponde a 17,99%
do orçamento do Executivo. A obrigação constitucional prevê 15%.
Ao longo da apresentação do balanço financeiro, ganharam ênfase
questionamentos sobre políticas do setor, além de pedido de explicações sobre a
recente morte de Pedro Lemos dos Santos, no prédio do pronto-atendimento (PA)
24 horas do município. Presentes à reunião, familiares de Lemos consideraram
que os profissionais do PA não teriam prestado o atendimento adequado nas três
vezes em que ele procurou a unidade.
A secretária explicou que, nas três oportunidades, nos dias 11, 14 e 15
de outubro passados, profissionais do PA solicitaram exames e prescreveram
medicamentos. “O paciente tinha dor lombar e foi diagnosticado com cólica
renal, a partir de exames complementares e do próprio quadro clínico.
Posteriormente, ele sofreu um gravíssimo sintoma decorrente de infarto ou de
algo do gênero. Ou seja, tratou-se de situação extemporânea ao diagnóstico
inicial”, detalhou.
Dilma também comentou que, até julho deste ano, a pasta aplicou R$ 46,9
milhões em alta e média complexidade. O contador da pasta complementou que o
município tem recebido regulares repasses da União e do estado, mas que ainda
não alcançam os patamares exigidos pela Constituição.
Quanto ao último ponto, a vereadora Denise Pessôa/PT observou que, todo
mês, o governo estadual repassa, diretamente, R$ 1,9 milhão para o Hospital
Geral (HG). Costa respondeu que o montante, referido pela petista, não entra
pelo Fundo Municipal da Saúde e que, por isso, não integra a base de cálculo de
participação do estado, no orçamento local do setor.
O contador disse que, no momento, a secretaria registra que os recursos
estaduais correspondem a 7% da rubrica da saúde, no município, ante os 12%
obrigatórios, conforme a Constituição. Denise, porém, retrucou. Para ela, se
fosse contabilizada a verba para o HG, a marca de 12% seria ultrapassada.
As críticas à secretaria também encontraram eco nas manifestações dos
vereadores Daniel Guerra/PRB, Renato Nunes/PRB e Rodrigo Beltrão/PT. Guerra
acusou falta de médicos e de infraestrutura, no PA 24 horas. Pediu que o novo
postão, em obras, na zona Norte, apresentasse outro modelo de gestão, que os
médicos cumprissem a jornada de trabalho e que fosse diminuída a lista de
espera por atendimento. Segundo ele, em agosto, havia 29.065 inscritos no
aguardo, por diversas especialidades.
Beltrão acompanhou Guerra nas críticas ao não cumprimento de horário,
por médicos. Nunes perguntou quando seria adotado o programa Mais Médicos, do
governo federal, em Caxias do Sul. Enquanto isso, os vereadores Mauro
Pereira/PMDB e Pedro Incerti/PDT manifestaram a intenção de apoiar a
secretaria, na busca por melhorias, no setor.
(Foto Diélen Fontana)
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