“A prioridade é darmos condições de trabalho para o Alceu e o Toninho”


CAXIAS DO SUL - Coordenador vitorioso das campanhas de José Ivo Sartori (PMDB), por duas oportunidades (2004 e 2008) e de Alceu Barbosa Velho (PDT) em outra, Edson Nespolo contabilizou para si as maiores vitórias pessoais que alguém que se envolve em qualquer projeto, seja ele político ou não, almeja.
Quando em 2003 o então candidato José Ivo Sartori o convidou para ser aquele que conduziria os trabalhos visando a prefeitura, havia a certeza de que a escolha não poderia ser melhor, tanto é que em nenhum momento houve algum tipo de contestação.
José Ivo Sartori, um político experiente e de fácil entendimento, estabeleceu em seguida que a partir daquele momento, todos deveriam se reportar ao professor Nespolo (era assim que Sartori se referia a ele no início), afinal de contas, todos os envolvidos estariam dividindo seus conhecimentos sobre a cidade. Transitar bem pelos bairros e área central seria importante para atrair e despertar o interesse dos caxienses. E deu certo.
Os primeiros quatro anos foram de muito trabalho e realizações, veio então a oportunidade de enfrentar novamente as urnas, mas agora de maneira diferente, assim quando um projeto se materializa, é mais fácil colocá-lo dentro de uma pasta e sair às ruas ‘vendê-lo’. Quando é de resultados satisfatórios então, a colocação se faz de maneira natural, sem forçar nada e muito menos, sem a necessidade de mascarar os fatos. Foi assim que se fez o ‘segundo piso’.
Passados oito anos de sucesso de uma administração exitosa, vem agora mais um desafio. O professor Nespolo repete a dose e coordena mais uma campanha, agora a do seu companheiro de partido, Alceu Barbosa, com o mesmo entusiasmo e sucesso das anteriores. Fez-se assim o ‘terceiro piso’.
Será que está chegando a hora de alçar voos mais altos dentro da política, ele que já havia sido vereador em duas oportunidades, 1993-1996 e 1997-2000 pelo PTB?
“O Alceu está conversando com os outros partidos, a princípio para compor secretarias, principalmente quanto àqueles partidos que têm vereadores eleitos. Acredito que o grande número de vereadores conquistados pela coligação, (16), dá ao Alceu e ao Toninho muita tranquilidade para trabalhar”.
Existem algumas possibilidades dentro do governo que lhe agrada?
“Temos conversado e tenho deixado o Alceu bem à vontade, mas não tenho vontade de continuar no gabinete, mas é importante que estejamos prontos para ajudá-lo. Acredito que eu já tenha dado a minha contribuição por duas gestões e os caminhos devem estar abertos para outra pessoa”.
A saída do gabinete tem a ver com algum tipo de acordo?
“A decisão sobre o chefe de gabinete será pessoal do Alceu e minha de que precisa haver uma renovação. Não existe acordo nenhum quanto a isso. O novo prefeito tem todo o direito de escolher aquele que ele entenda ser o de sua confiança para desempenhar essa função”.
O projeto vitorioso de Sartori deve continuar?
“Acho que o Alceu terá todas as condições para trabalhar em cima desse projeto que ainda está em desenvolvimento e também colocar em prática seu jeito de trabalhar e fazer as coisas. Não creio que isso de continuar aquilo que está dando certo seja algo que não possa ser feito, até porque o Alceu ajudou a construir muitas coisas e tem participação direta em muitas coisas que está em andamento, principalmente com os projetos que ainda não foram concluídos, afinal, são coisa que foram planejadas e estudadas à exaustão desde o início da atual administração, com a participação de todos”.
Agora existe a possibilidade de baixas no PDT
“A ida do Vinicius Ribeiro para a Assembleia Legislativa, que está praticamente definida é um ganho para o partido. Não implicará na diminuição de cadeiras na Câmara, manteremos os nossos cinco vereadores e ainda fortaleceremos o PDT.
Temos uma perspectiva política muito boa e o futuro se mostra bastante aceitável para as nossas pretensões”.
Quem são os responsáveis pela vitória?
“A vitória desse ano se deve à nossa união, coisa que não jamais aconteceu na história. Um dado importante e fundamental foi o fato de já termos um nome pronto dentro do partido. A figura do Alceu veio ao encontro daquilo que entendíamos ser necessário para conquistarmos vitórias.
Acho que o partido tem se estruturado, conseguimos colocar uma nominata completa, inclusive com boa participação das mulheres”.
Repercutiu bastante na mídia seu posicionamento dizendo que o então candidato Milton Corlatti fez uma campanha política de forma rasteira. Episódio superado?
“Reitero o que falei, acho que o Corlatti ir para a Televisão e o Rádio falar para as pessoas não votarem no Alceu porque o mesmo seria cassado é uma forma de política rasteira cheirando a golpe, pois naquele momento não havia julgamento algum, nenhum resultado sobre isso ou aquilo. O Alceu pagou uma multa, ele também tinha uma situação parecida e nem sei a quantas anda a situação dele. Temos que respeitar e tomar cuidado sempre que tentamos colocar a opinião pública contra essa ou aquela pessoa.
O Milton sempre foi meu amigo e tem o meu respeito, a minha divergência é política e nada tenho contra ele. São só questões políticas.
Reconheço que ele sempre colaborou com a Festa da Uva, que é uma coisa da cidade, onde todos nós temos o maior interesse que as coisas aconteçam da melhor forma possível, por isso mesmo, estão superados os episódios da eleição. As amizades e as boas coisas devem prevalecer sempre em detrimento de outras de menor valor”.
O senhor já foi secretário em pelo menos uma dezena de vezes. Nessas experiências todas adquiridas, se fosse possível escolher uma, qual a que mais lhe agradaria?
“Sou movido a desafios. Gostaria de um lugar onde eu ainda não fui ou fiquei pouco tempo. Mas repito, quero ser parceiro do Alceu, a minha questão pessoal fica em segundo plano.
Assumi ao todo quatorze secretarias em oito anos. Em tempo corrido, acumulei por quase quatro anos algumas secretarias, mas tenho que pensa no PDT, no Toninho, nesse momento nada pode ser maior do que o desejo de fazer o melhor e contribuir com aquilo que estiver ao nosso alcance, essa é nossa realidade, nossa prioridade. Precisamos estar preparados para os grandes desafios que vêm por aí”. (Foto Luiz Chaves/Texto Laudir Dutra)

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