Abandonados pela família


Há muito tempo estamos assistindo pessoas de boa índole ser discriminadas ou deixadas de lado por familiares, amigos e pela própria sociedade e para conseguir sua própria sobrevivência, passaram a colaborar com o município catando lixo de toda espécie, na rua, em parques ou nas próprias lixeiras.
Por não terem onde morar acabam montando suas barracas em plena via pública, em calçadas ou terrenos baldios, motivando um grande descontentamento por parte dos moradores que se tornam seus ‘vizinhos’. Eles não fazem nenhuma questão de se esconderem, até porque não são marginais.
Muitas vezes esses supostos ‘vizinhos’ não entendem as suas reais situações ou condições às quais foram submetidos, fazendo questionamentos sobre o paradeiro dos seus familiares.
Acredito ser justo e necessário que o poder público de uma forma ou de outra, contemple esses desamparados, acolhendo-os de forma regional ou localizada, dando-lhes o mínimo necessário para a sua sobrevivência, pois muitas vezes eles realizam o trabalho do poder público voluntariamente, retirando das vias públicas, terrenos baldios, o lixo ali depositados, para transformá-lo em dinheiro para a sua própria condição de vulnerabilidade.
Para eles, resta o reconhecimento dos familiares e amigos para que num curto espaço de tempo, sejam acolhidos em nossa sociedade, conseguindo um emprego que eles também merecem.
A foto mostra uma ‘moradia’ de andarilhos na rua José Sbersi no bairro Lourdes, que sem opção de moradia e colocação, acabam fazendo endereço permanente para as suas aspirações de vida. Foto Ponto Inicial.
 Por Paulo Pezzi

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