Parques e Jardins (Monumento ao Imigrante)


Paulo Pezzi
Residimos em uma cidade industrial que aproxima dos 500 mil habitantes. Mas em matéria de lazer devemos fazer algumas considerações como segue.
Na zona norte e centro, temos o Mato Sartori, que recentemente foi comemorado seu primeiro aniversário, porém, com receio de recaída, a freqüência ainda é pequena, carecendo ainda de incentivos e mecanismos para a visitação.
Na zona sul tem o grande Parque Getúlio Vargas, o famoso Parque dos Macaquinhos, disputado palmo a palmo, devido à grande aceitação dos caxienses.
No oeste encontramos o Parque Cinqüentenário e o Parque Municipal, grande complexo esportivo (Estádio Municipal de Futebol).
Lamentamos, no entanto que na zona leste, os moradores não têm a mesma sorte. Existe o Hospital Geral, a UCS e escolas, mas não existem áreas públicas de lazer e entretenimento que atenda as necessidades coletivas.
Temos o Monumento ao Imigrante, visitado diariamente por centenas de pessoas e com notoriedade nacional como o mais importante dedicado à colonização italiano. Isso pode acabar com o tempo. Um local de visitação apenas sustentado por uma escada para subir e outra para descer, que poderia ter a companhia de outros atrativos para a população. Mas o perigo mora ao lado.
Vizinha ao monumento existe uma empresa que já foi referência em Caxias do Sul e região sul do Brasil no ramo da metalurgia, com uma área em torno de 50 mil m², que ao custo atual não teria condições de funcionar no local, pois a qualquer momento o ramo imobiliário poderá colocar os olhos neste pedaço de chão, localizado às margens da BR 116, construir uma edificação e o nosso monumento se transformar em uma pequena capelinha do prédio. Causa-nos medo essa possibilidade tão real.
Diante disso tudo, o governo local deveria tomar medidas urgentes como o tombamento da área em questão de no mínimo 10 mil m² para revitalizar e agraciar a comunidade com esse benefício.
Quanto ao custo, sabe-se que existem mil formas de resolver, tenho a certeza de que no momento em que os órgãos públicos se reunirem, poderão discutir as dívidas existentes como os impostos atrasados e o saldo poderá ser pago com índices de construção, não havendo desembolso em moeda corrente, como está acontecendo na zona norte, onde a conta deverá superar a casa dos R$ 50 milhões. (Foto Ponto Inicial).

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