Paulo Pezzi

A droga não compensa

Ao palestrar para jovens pretendíamos encontrar uma solução para o grave problema social oriundo do consumo e tráfico, pregava que o sujeito se abstendo deste vício pelo menos por hoje e ao se repetir amanhã ou depois, o jovem estaria livre do problema.
Qual foi minha surpresa quando um rapaz apresentou para o grupo a seguinte sugestão: - criar fumódromos públicos onde a droga seria distribuída de graça, sendo assim, o mesmo não precisaria matar ou roubar para conseguir o produto. Isso tudo se fazia necessário porque a pessoa só admite que é dependente da droga no momento que estivesse no fundo do poço, ai sim aceitaria ajuda para sair do vício.
Com uma idéia dessas colocada em prática, mesmo que seja algo até surreal a pessoa estar consumindo droga com o consentimento das autoridades, o governo teria favorecimentos talvez em longo prazo, pois veria diminuída a escalada da violência e as prisões e investimentos em segurança pública seriam bem menores no Brasil.
A não ser que se faça o que ocorre nos EUA, que sejam adotadas medidas punitivas severas e que se fiscalize e se monitore os locais de maiores incidências. Pois lá, ao contrário daqui, a tolerância é zero, tamanha foi a insistência e até os confrontos entre polícia e delinqüentes, chegando a níveis preocupantes. Os EUA hoje é o país menos violento no tocante ao combate das drogas e da criminalidade em geral, e pode servir de modelo para outros como o Brasil, que além de contabilizar mais mortes no trânsito, se vê as voltas com a droga, sendo rota permanente de entrada e saída.

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