Uma das mais bem sucedidas empresárias da serra quando o assunto é a moda, mãe, esposa, cidadã. Esta é Márcia Costa, diretora da Drops de Menta, que ao contrário do que muitos pensam, acompanha todos os assuntos que norteiam a cidade de Caxias do Sul e região.
Cidadã do Mundo, viaja periodicamente para o Brasil e exterior em busca de novidades para uma exigente clientela, que procura nas cinco lojas, no centro, São Pelegrino, 2 no Shopping Iguatemi e Flagship na saída para Farroupilha e franquias espalhadas pela serra e outras cidades, somando 14 lojas e com outras em andamento todas com bom gosto, preço e satisfação.
Márcia Costa vem ao longo dos tempos sendo inserida como ícone da moda local e referência no imaginário dos consumidores de moda. Trabalha estrategicamente na busca pela excelência e seu foco principal é exatamente o diferencial que a mantém ao longo de mais de uma década.
Uma análise do cenário
“2010 foi de muitos desafios para as empresas, cada uma teve que se desdobrar dentro da sua área, isso fez com que se buscasse novos caminhos, novos e melhores produtos, preços competitivos, novos fornecedores e melhor custo benefício.
Falando especificamente da nossa empresa, buscamos treinar pessoas, enxugamos no sentido de agregar mais qualidade dos nossos serviços em detrimento da quantidade de colaboradores. Hoje podemos dizer que temos gestores super bem treinados, cada um dentro da sua especialização, com boa formação, inteligência e caráter. Nesse sentido posso dizer que estamos bem servidos.
Em 2011 nos aprofundamos nessas melhorias e aprimoramos nossa forma de atuar e acredito que tivemos um bom retorno, conseguimos nos manter sólidos e ao mesmo tempo, buscamos dar prosseguimento a todos os nossos projetos.
Nesse novo ano que se inicia nos abre a possibilidade de acreditar que será bom por todos esses motivos mencionados acima. Não será fácil, mas será bom, essa é a nossa perspectiva.
Caxias como vitrine de negócios fomentou uma divisão da fatia desse mercado e por isso mesmo acredito que muitos terão dificuldades para se manter.
O lojista deve ficar antenado nas preferências, com bons produtos, bons profissionais e preços competitivos. Acredito que deva ser trabalhado o diferencial, pois o cliente hoje está pesquisando mais onde encontrar aquilo que ele quer. Muitos procuram a satisfação de comprar em determinadas lojas, querem ter identificação com a marca, ao mesmo tempo em que esperam que o preço também seja atraente. não temos problemas com relação aos preços que praticamos, pois temos o nosso markup mais baixo”.
Pontos de venda também atraem clientes
“A estrutura de ter pontos estratégicos atrai também o cliente. Hoje, com as atribulações do dia a dia, as pessoas buscam praticidade e conforto para comprar produtos, às vezes preferem próximo ao colégio do filho, dentro daquele trajeto habitual. Ou mesmo um pouco afastado como a nossa loja da Flagship que atende as necessidades daquelas pessoas que preferem um lugar mais afastado disso tudo que mencionamos acima. É preciso estar atento também para esses detalhes para cada vez mais agradar ao público consumidor”.
Mercado financeiro oscilante
“Quando é dada margem para as coisas erradas serem feitas, concorrência desleal, comércio informal sem regramento, sonegação, contrabando, roubos de cargas é refletido em prejuízo para toda a comunidade.
Não podemos incitar a prática ilegal, precisamos deixar um legado decente para os nossos filhos. Temos a responsabilidade nessa questão, temos que trabalhar dentro da lei, recolher os impostos de forma justa e repassar essa prática para as futuras gerações, até para podermos cobrar dos governantes os nossos direitos”
O Brasil vai bem obrigado
“Pelo que observo em outros países quando participamos de feiras e workshops, o povo brasileiro não está mal em perspectivas de trabalho, pois o povo brasileiro é muito trabalhador.
Vejo os países ricos com uma situação de conforto, as pessoas não estão mais preocupadas com as questões futuras como renda, moradia, etc.., mas por outro lado, o desemprego ronda muitos centros economicamente ditos de primeiro mundo. Temos que ver por esse anglo, o Brasil possui uma economia que nos últimos anos se estabilizou e deu garantias de moradia e emprego para muitos brasileiros, que por sua vez aproveitaram a oportunidade e estão tocando suas vidas de forma digna. É por aí o caminho”.
O futuro está batendo à porta
“Projeto para dez anos tudo aquilo que me proponho a fazer. No início do ano tenho que fazer balanços e colocar a casa em ordem. Acredito que com trabalho e empenho, sempre tomaremos a trajetória correta. É preciso termos amor incondicional naquilo que temos,pois acredito que a diferença entre o perdedor e o ganhador está na hora em que ele resolve desistir não existe empresa estabilizada, temos a estrutura para nos mantermos, mas é preciso estar sempre em busca dessa condição todos os dias”.
Respeito e admiração adquiridos
“Sou grata, Caxias me deu muito, tive a oportunidade de casar com alguém legal, ter um filho maravilhoso que é literalmente minha vida.
Existem momentos mais difíceis, outros mais fáceis, mas temos que, sobretudo, tratar bem as coisas que temos para receber de volta. Gosto dos meus colaboradores, amo de paixão cada um deles, procuro agir com energia, sei o momento de dobrar os cuidados para não deixar a coisas fugir do controle. Mas eles sabem que tudo aquilo que a gente faz é pensando no bem de todos, deles e da empresa”.
Da política não tem como fugir
“Não faço parte, mas acho importante estarmos atentos a tudo o que acontece nas discussões políticas, elas decidem o futuro das pessoas.
Temos que valorizar o bom político, que é aquele que faz as coisas darem certo. Ele precisa ter um começo, meio e fim, o seja, ao elaborar um projeto de lei, que seja bem embasado, que realmente contemple as necessidades do maior número de pessoas e que depois fiscalize para ver se valeu a pena ter criado. É preciso que ele meça o resultado das suas ações.
Mas entendo que mais do que criar novas leis, que tenhamos o cumprimento das mesmas. Por outro lado o Executivo deve medir os resultados, com emprego racional das verbas públicas e medir igualmente os resultados”.
Discriminação/Filhos/Profissão
“Nunca tive problema quanto a isso, nunca me senti deslocada ou discriminada nos lugares por onde participo comunitariamente por ser mulher ou por ser loira (risos).
Temos que ser bons profissionais, tenho que ser o melhor para a minha comunidade. Se não for assim, não posso cobrar por isso participo. É na Festa da Uva, na CIC, Sindilojas ou em qualquer outra. Todas elas possuem pessoas que doam seu tempo por amor e envolvimento espontâneo. Mas quem participa quer o melhor para a cidade de Caxias.
Dá para ser mãe, profissional e se envolver na vida comunitária. Temos que dar valor àquilo que temos sem ficar reclamando. Acredito que tenho muitas coisas boas, sou inteira em cada local que estou presente. Acredito que temos que buscar o sucesso a todo momento, mas também dar valor aquilo que temos pois feliz não é quem tem tudo o que quer e sim quem quer bem aquilo que tem.” (Fotos Ponto Inicial).
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