CAXIAS DO SUL - Alceu Barbosa Velho, nascido a 13 de agosto de 1957, natural de São José dos Ausentes, distrito de Bom Jesus, filho de Felicíssimo Barbosa e Eunira Barbosa Velho, oriundo de uma família de nove irmãos, estudou Direito na Universidade de Caxias do Sul, advogado, profissão que exerce até hoje.
Ingressou na carreira política, se filiou ao PDT e em 1º de janeiro em 1997 elegeu-se vereador, onde permaneceu por dois mandatos. Concorreu a suplente de Senador e em 2002 a deputado federal.
Em 2004 e 2008 foi vice prefeito na Administração José Ivo Sartori e em 2010 elegeu-se deputado estadual com mais de 43.120 mil votos.
Agora, praticamente a um ano das eleições municipais, outro desafio na vida desse Brizolista de carteirinha, a reportagem do Ponto Inicial ouviu atentamente as ponderações e as considerações de Alceu Barbosa Velho, o perseguidor dos seus objetivos.
Projetos políticos
“Sinceramente nunca tive essa preocupação de trabalhar pensando na realização pessoal ou individual, sempre trabalhei em cima do coletivo e nesse sentido, protocolei alguns projetos como a acessibilidade a portadores de deficiência física, fui co-autor do projeto de lei do passe livre de pessoas idosas ou acima de 60 anos. Só para citar alguns, mas participei de muitas discussões envolvendo a nossa cidade e por conseqüência disso tudo, muitos benefícios para a população”.
Caminho baseado na isenção e no bem comum
“Se eu fosse simplesmente um advogado que só pensasse em ganhar dinheiro eu não seria uma pessoa realizada e com capacidade de fazer o bem, ajudando aqueles que mais precisam.
Sempre procurei fazer as coisas certas, mas e difícil agradar a todos. Já errei muito com certeza, mas procuro sempre fazer mais e os erros são involuntários. Algumas avaliações erradas, mas não algo de forma deliberada para prejudicar alguém”.
Incentivos e estímulos para prosseguir
“Meu grande estimulador foi sem dúvida Leonel de Moura Brizola, nosso líder maior. Pelas suas posições sempre firmes, nunca titubeou em cima de uma decisão, sempre uma pessoa de ação que fazia a diferença, que não tinha meias palavras.
O legado de Brizola está aí até hoje. Por ocasião dos 50 anos de legalidade, não houve quem não o exaltasse. Ele com suas posições firmes, manteve a sua postura e fez com que muita gente até hoje carregue o seu símbolo no peito”.
Algumas dificuldades fazem parte
“Nada foi fácil na minha vida, a minha história é igual à de muitos brasileiros, muita luta, muito sacrifício e dedicação.
A grande verdade é a seguinte, nem Jesus Cristo agradou a todos. Na política só construí grandes amigos. Muitas vezes fomos criticados por alguma posição política, mas o mais importante é ser leal, correto. Sempre agi com transparência, as pessoas sempre souberam de que lado eu estou. O fato de pertencer a esse ou aquele governo ou partido não me tira o direito de criticar”.
Pedágios, um assunto recorrente
“Não adianta trocar o modelo atual por um mais nocivo à sociedade. O atual que aí está é ruim para a sociedade. O pedágio de Farroupilha por exemplo vai sair, está escrito, o governador Tarso deu a palavra e deve cumpri-la, mas não devemos pensa somente no nosso umbigo, o Rio Grande do Sul é um todo e existem outras praças de pedágios que merecem estudos profundos e discussões intensas. A sociedade não pode mais pagar essa conta que vem de décadas, por más administrações do passado”.
Trem regional difícil
“É muito difícil que possa acontecer, deve haver uma unidade entre Estado, Município e União. Vejo uma atuação muito boa de Caxias do Sul nessa questão. Embora difícil, seria importante que houvesse a possibilidade concreta. O mais incrível é que quando era possível e que só dependia de pequenos detalhes, nada foi feito. As discussões me parecem infrutíferas nesse momento, mas somos parceiros para qualquer tipo de iniciativa”.
Passe livre a idosos
“Quando foi feito a lei, chegamos à conclusão que o impacto quanto aos aposentados e idosos seria muito pequena. Mas devemos sentar e conversar, acredito ser possível encontrar uma solução definitiva para esse impasse. Mas devemos ter em mente de que qualquer tipo de gratuidade concedida, a coletividade é que vai pagar a conta”.
Mandato consolidado na AL
“Na Assembléia Legislativa me adaptei bem. E não poderia ser diferente, pois fomos eleitos para trabalhar. O saldo é positivo até este momento. Temos um bom diálogo com todos, principalmente com os colegas deputados aqui da cidade”.
Eleições 2012, impossível não falar
“O PDT me escolheu para ser o candidato a prefeito. O que se discute é se sou ou não o candidato dos partidos que compõem a base aliada do governo atual. Em nenhum momento houve dúvida quanto a isso.
Vejo que nesses oito anos de governo, todos cresceram e receberam oportunidades. Precisamos olhar para frente. Mas tenho confiança de que estaremos todos juntos formando o ‘terceiro piso’.
Todo elenco de obras
“Todas as obras iniciadas nesse governo devem ser concluídas, estão em ritmo normal e não podemos deixar de acreditar que serão finalizadas a tempo. Mas não estamos preocupados com isso, mesmo que acabe o ano com alguma pendência, esse crédito não deixaremos de ter, ninguém vai tirar os méritos das realizações de Sartori, até porque mesmo não dando tempo, vai faltar pouco para que isso aconteça”
Escolhas de Sartori
“O que temos que olhar nesse momento de transição e de trocas no governo, mais em função da lei que diz que em abril todos os cargos de confiança devem ficar vagos ou ocupados por quem não disputará a eleição em outubro. Mas no meio disso tudo, deve ser antes de qualquer coisa, observado a competência de quem está assumindo os cargos, independente de servidor público ou cargo político”. (Fotos Ponto Inicial).
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