CAXIAS DO SUL - No seu primeiro mandato como vereador Renato Nunes tem causado algum desconforto entre os colegas, não por ser alguém que constantemente se mete em confusão sobre os assuntos que são debatidos no âmbito do plenário da Câmara de Vereadores e sim pelo seu jeito direto de abordar as questões pertinentes e também pelo forte domínio das suas idéias e convicções. Mas o edil não se faz de rogado e tem apresentado, ao longo dos três anos de atuação na casa legislativa, o maior número de projetos. Como ele mesmo salienta, “a minha obrigação é apresentar os projetos, independente de ter vício de origem e correr o risco de ser inconstitucional, é nossa função, nosso dever”.
Renato falou à reportagem e os nossos leitores podem fazer as suas considerações na entrevista que segue.
Respeitando as opiniões contrárias
“É inevitável que em algum momento tenhamos contrariedades sobre aquilo que pensamos, faz parte da democracia isso. Não conseguiremos agradar a todos de maneira alguma, mas sempre de forma respeitosa. Tenho a consciência de que não somos mais e nem melhores que ninguém, mas defendo sempre o lado mais fraco da história, os menos favorecidos que possuem os maiores clamores que são as questões envolvendo a falta de moradia, as vagas nas creches, a falta de atenção com nossos idosos e sempre os temas envolvendo a criança e o adolescente”.
Conhecendo a idade de Caxias do Sul
“Vejo que Caxias tem dois lados extremos. De um lado uma cidade acolhedora, terra de oportunidades e um lugar onde todos querem morar. Realmente me sinto em casa. Hoje posso garantir que conheço mais Caxias do que o próprio lugar onde nasci que é Porto Alegre.
Sei da resistência que existe quanto a minha pessoa, são na verdade uma minoria. Vejo muito preconceito por sermos evangélico. Mas talvez essas pessoas não entendem que cada tem uma base política e a minha está nos evangélicos, pois foram eles que me elegeram e vou defender essas pessoas, por isso o número de vereadores, 23 está adequado justamente pela necessidade de que todos os segmentos da sociedade precisam estar representados na câmara que á casa do povo e aqui estou, para defender as igualdades entre todos, independente de religião, cor ou partidos.
Posso falar com orgulho que sou um vereador que mais apresentou projetos no âmbito da casa legislativa e isso precisa ser bem pontuado. Acredito estar fazendo a minha parte. Só para se ter uma idéia, ano passado batemos todos os recordes com a participação em diversas comissões, realizando audiências públicas”.
O número de vereadores muda ano que vem
“Creio que será melhor assim. Na minha opinião isso possibilitará uma maior renovação dentro da câmara e será a chance para muitas pessoas que concorreram em outras oportunidades e a vitória bateu na trave. Estamos apostando no novo e teremos 16 nomes que enfrentarão as urnas. Grandes lideranças que nunca concorreram, mas que têm o aval dos seu eleitorado, das pessoas que os conhecem e sabem da sua maneira de proceder à frente dos interesses coletivos. E somos pré-candidatos a prefeito e vamos amadurecer a idéia até o último instante e em havendo a possibilidade, vamos trabalhar para conquistar o maior número de votos, que serão importante para a o fortalecimento do nosso partido”.
3 anos de mandato que rendeu bastante aprendizado
“Nesses três anos procuramos ao máximo empregar o conhecimento adquirido ao longo dos anos enquanto cidadão comum. Aprendi e busquei trazer para o debate aquilo que é o novo, uma nova situação e que talvez tenha sido mal compreendido em algum momento.
Sou um vereador que tem posição, defendo-a, sou novo na política, mas tenho observado a evolução nas nossas demandas e vamos cada vez mais nos inteirando sobre o funcionando da máquina política. Mas aos poucos também, temos que mudar alguns conceitos. Sempre pensei que a política fosse mais fácil e que teríamos mais autonomia para fazer as coisas. Me enganei, tudo é mais difícil do que imaginávamos. Os projetos são escassos, ou são inconstitucionais ou já nascem com vícios de origem, mas mesmo assim, apresento o maior número possível, a população precisa saber que estamos preocupados com ela, que temos trabalhado a seu favor e não o contrário.
Às vezes tenho a impressão de que se não for projeto do Executivo não tem valor, então porque não valorizar mais o trabalho do vereador, dar-lhes o respaldo independente de partido. No meu entendimento, pela visibilidade que a cidade possui, deveria haver maior realização do Poder Público para fazer jus à fama”.
A pré-candidatura a prefeito significa mais participação
“Penso no partido em primeiro lugar, sou presidente do PRB e temos que pensar no aumento e crescimento da sigla na cidade.
Temos a convicção de que temos condições de ampliar a nossa bancada e participar ainda mais da política caxiense, ampliar mais o debate e oportunizar cada vez mais às pessoas opções em termos de nomes. Embora novo nesse cenário, somos sim uma opção bem viável”. (Foto Ponto Inicial)
Nenhum comentário:
Postar um comentário