CAXIAS DO SUL - A Senadora Ana Amélia Lemos esteve em Caxias do Sul na tarde de nove de setembro último para importante reunião com diversos setores da indústria da cidade.
A reunião que durou aproximadamente 1 hora teve como pauta um elenco de reivindicações dos diferentes setores da economia caxiense, preocupados com questões como a concorrência chinesa, carga tributária excessiva, falta de linhas de financiamento para micro e pequenas empresas, infraestrutura precária, custo da folha de pagamentos e condições desfavoráveis de competitividade no mercado internacional. São todos fatores, de acordo com os empresários, que estão colocando em risco a sobrevivência da indústria nacional.
Entre os pleitos, que foram documentados e entregues à senadora, constam a desoneração da folha de pagamentos para mais setores além daqueles previstos no Plano Brasil Maior, reforma tributária, gestão mais eficaz e qualificada dos recursos públicos, criação de linhas de crédito para capital de giro e juros mais acessíveis às micro, pequenas e médias empresas.
Uma oportunidade dispardiçada por exemplo para solicitar à Senadora ajuda no sentido de trazer para Caxias do Sul a extensão da UFRGS, com movimento iniciado por entidades, político e estudantes e também contra as mazelas que emperram o início das obras do novo aeroporto regional, mas que infelizmente não desperta o mesmo interesse dos empresários.
Ana Amélia Lemos, viúva do ex senador Octávio Omar Cardoso, recentemente, 65 anos, natural de Lagoa Vermelha, eleita senadora nas últimas eleições, tem vindo frequentemente à Caxias do Sul e região e trabalha no sentido de cumprir com suas promessas de campanha.
Carreira jornalística
Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Lemos já trabalhou como repórter do Jornal do Comércio e na sucursal do Correio da Manhã, bem como correspondente da revista Visão. Ela iniciou sua carreira na RBS em 1977, atuando como repórter de economia e produtora e apresentadora do programa “Panorama Econômico”, a primeira coluna de economia na TV no sul do País.
Em 1979, transferiu-se para Brasília, como repórter da Zero Hora, da RBS TV e da Rádio Gaúcha. Três anos mais tarde, ela foi nomeada diretora da RBS na capital do Brasil, cargo que deteve até dezembro de 2003. Lemos então participou de programas como Bom Dia Rio Grande, na TV, e Gaúcha Atualidade, na Rádio Gaúcha, assinando uma coluna na editoria de política do jornal Zero Hora. Em 15 de março de 2010, anunciou seu afastamento do Grupo RBS para ingressar na vida política. Foi candidata do Partido Progressista (PP) a senadora pelo Rio Grande do Sul sendo eleita em 3 de outubro de 2010 com 29,54% dos votos válidos.
A ‘colega’ Ana Amélia Lemos falou à reportagem, agradecendo as perguntas formulados pelo jornal.
PONTO INICIAL – Quanto a sua ambientação no Senado, o bicho não é tão feio quanto parecia?
ANA AMÉLIA LEMOS – O bicho não morde e não é tão venenoso e também não é diferente de nós jornalistas. A comunicação e o exercício da política são irmãos siameses. Quando nos deparamos com alguma situação de desconforto ou que não estamos de acordo, temos que colocar para a apreciação das pessoas para que possamos nos posicionar a respeito.
A atividade do exercício parlamentar tem essa afinidade com a comunicação, então temos que estar atentos e agir de acordo com o nosso mais alto grau de imparcialidade em benefício da grande maioria.
Nem sempre criar leis é o mais importante, muitas vezes fazer cumprir tem mais significado. Mas me deparei com muitas leis ruins e temos que fazer leis boas.
Já conseguimos fazer por exemplo uma que onde o aposentado depois de 60 anos de idade deixa de pagar o Imposto de Renda. Acredito que isso seja benéfico para muita gente.
PI – O fato de ter atuado por muitos anos como jornalista, lhe deus algum respaldo ou auxiliou na condução dos seus trabalhos dentro do Senado?
ANA AMÉLIA – Eu fico agradecido por você ter feito essa pergunta e lembrado o fato. O que mais me ajudou sem dúvida ter vivido e acompanhado por muitos anos todos os trâmites de Brasília, realizou inúmeras entrevistas com as lideranças do Senado, com os presidentes das comissões e isso me deu a condição de poder ficar frente a frente com eles sem a preocupação de a todo momento estar me apresentando. Eles já sabiam como eu era e por conseguinte, minhas proposições eram apreciadas com mais rapidez pelo fato de irmos direto ao ponto.
Esse sem dúvida foi um fato facilitar para mim e dentro de uma casa política temos que ter bom diálogo e boas relações com todos, independentes do partido pelo qual trabalhamos.
No andar da carruagem, conseguimos elencar uma série de ações e resolver assuntos que talvez sem esse conhecimento e relações, não teríamos essa condição. Fazemos política e solicitamos aquilo que no nosso entendimento é favorável ao maior número de pessoas. (Foto Ponto Inicial).
Nenhum comentário:
Postar um comentário