Evento contou com performance do artista
Na noite desta quarta-feira (19/04), o arquiteto e artista visual Renato Hofer abriu a exposição “DODÓ E ZEZÉ”, instalação selecionada na convocatória. Durante o evento, houve uma performance do artista e de duas participantes do workshop mediado por Hofer nos dias 17 e 19 de abril. A exposição segue aberta para visitação até o dia 14 de maio.
No dia 13, será realizada uma atividade paralela com o público local, que consiste numa expedição urbana a partir da galeria em direção a áreas da cidade que se relacionam com o tema abordado, criando uma expansão do ambiente da galeria.
A exposição
O título, “DODÓ E ZEZÉ”, remete aos célebres personagens criados por Samuel Beckett, aprisionados sob uma árvore seca à espera de alguém que nunca chegará. A exposição se desenvolve em dois eixos principais que se complementam, abordando a dualidade entre sedentarismo/nomadismo e a questão do abrigo, desdobrados numa cidade sempre à beira do precipício, mas cujos habitantes desenvolvem técnicas e estratégias de sobrevivência.
O projeto expositivo foi pensado de forma a criar um ambiente imersivo, em que o espectador possa ser envolvido pelas obras e cria relações entre elas em função de seu deslocamento. Isso exige uma reação corporal ativa por parte dos visitantes, que será potencializada durante a abertura através de uma série de micro performances.
A obra “Lição de Anatomia” será reeditada especialmente para a exposição. O projeto, iniciado a partir da desconstrução de uma peça de vestuário, motivou o início desta investigação sobre a territorialização dos corpos.
Renato Hofer
Arquiteto e urbanista pela Universidade de São Paulo em 1997, estudou instalação e performance com Inghild Karlsen e cenografia no CPT dirigido por Antunes Filho. Sua atividade profissional é pautada pela diversidade e interação entre diversas disciplinas, que vão da escala urbana ao desenho do objeto, passando pelas artes plásticas, cenografia, arquitetura e design gráfico.
Realizou exposições em São Paulo, Belém, Fortaleza, Paris e Estocolmo, tanto como artista quanto como curador. Atualmente, estuda gravura em metal com Evandro Carlos Jardim e desenvolve pesquisa sobre o caminhar como suporte da experiência cotidiana e seus desdobramentos na metrópole contemporânea. Em 2015, foi contemplado com o Premio Foco Bradesco da ArtRio, a partir do qual realizou várias das obras que serão expostas, em residências artísticas que se desenvolveram entre São Paulo e Paris.
Fotos: Bárbara Armino Decimo
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