Uma espécie de ‘cemitério’ de containers ou simples peças de reposição

CAXIAS DO SUL - A coleta seletiva de lixo e a implantação de containers na zona central de Caxias do Sul data de 3 de agosto de 2007, portanto há 4 anos, contando atualmente com 1400 unidades verdes e 1400 unidade amarelas, para o lixo orgânico e reciclável, respectivamente, embora ainda nos dias de hoje, algumas pessoas não conseguem diferenciar o que serve para que.

      Vale lembrar que os mesmos estão instalados nas zonas centrais da cidade e alguns bairros próximos do centro, compreendendo 900 quadras, servindo na sua maioria as classes A e B, privilegiados usuários.

     

Nos bairros no entanto ainda deixa a desejar a coleta manual, faltam lixeiras coletivas, principalmente em alguns loteamentos novos que recebem cada vez mais empreendimentos imobiliários, sem uma infra-estrutura satisfatória. Falta é verdade cultura para as pessoas e mais informação sobre os dias que tem coleta. Nos feriados os serviços são falhos, acumulando muito lixo em terrenos baldios e lixeiras coletivas transbordando, proliferando todo tipo de pesticida e bichos consumindo, rasgando os sacos, principalmente os cães de ruas ou os que ficam na rua.

      A população questiona ainda a possibilidade de ampliar os serviços de containers também para alguns bairros considerados pobres, poderia até ser como um projeto piloto. Peças existem aos montes no pátio da CODECA.

      Recentemente o diretor-presidente da autarquia Adiló Didomênico salientou que a ampliação no número de containers contemplando outros bairros estava em estudos e que isso implicaria em custos que talvez a companhia não estaria em condições de arcar nesse momento e que a coleta manual ainda é a forma mais barata eficaz, numa espécie de ducha de água fria para as pretensões da população que mora na periferia.

       Não dá para notar nessas palavras nenhuma forma de separatismo entre classes sociais, apenas que a implantação dos containers quando e da maneira que se deu, teria o ponto de partida na área central, apesar de que em alguns casos, existem unidades em demasia. (Foto Ponto Inicial).