Codeca comemorou os 20 anos de Coleta Seletiva


Caxias do Sul é uma das cidades que mais recicla no Brasil, contribuindo para preservação do meio ambiente, geração de emprego e renda. A cidade foi uma das primeiras a implantar a coleta seletiva, em 15 de agosto de 1991. Com o sistema mecanizado, implantado pela administração municipal desde 2007, a coleta aumentou em 100% na área conteinerizada. Atualmente, cerca de 90 toneladas de resíduos recicláveis são coletadas diariamente pela Codeca – de um total de 450 toneladas de lixo geradas pela população caxiense.
Portanto, no dia 15 de agosto a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul – CODECA – completou 20 anos de coleta seletiva, por este motivo, muitas comemorações, encontros e visitas de representantes dos quatro cantos do Brasil e do exterior foram realizados. A data se reveste de muito significado e importância para Caxias do Sul e para o presidente da autarquia, Adiló Didomenico, que vê desta forma o seu trabalho consolidado, colhendo agora os frutos.
“Para nós, 20 anos foi um período onde conseguimos consolidar o hábito de grande parcela da população em separar na origem que é na sua casa. O processo seletivo criou também a cultura da separação, mas pela característica da cidade em receber muitos imigrantes, foi muito difícil no início e hoje ainda sentimos alguma resistência, por isso que em algum momento se fez de forma lenta, mas sempre gradual. O nosso grande desafio agora é manter campanhas permanentes, mas a ampliação da coleta seletiva de 1 a 2 vezes por semana, somando os containers deu um salto impressionante, chegando a 20%”.

O índice pode chegar a 40%

“Temos espaço para chegar em 40%, só depende da separação na origem. Isso requer conscientização e rigorismo na legislação (Lei 12305) que estabelece prazos e proporciona obrigações ao contribuinte.
A população até separa corretamente, mais em função do tipo de acomodação que se utiliza. Imagino que diante desse apesto por parte do município, isso com certeza, dentro de no máximo 2, 3 anos determine padrões de embalagens.
A adoção de dois tipos de sacolas pelos supermercados obrigará a população adequar com acertos os resíduos.
O seletivo geralmente é limpo, então pode ser seguro dentro de casa e apenas ser retirado no dia de coleta”.

A containerização vai aumentar gradativamente

Existem estudos para a ampliação até o final do ano. Tenho esperança de que dentro dessa administração seja implantado a distribuição dos containers em mais uma fase, indo para outras localidades.
A discussão é longa, tanto é que iniciamos em 2005 para só em 2007 implantarmos. Os futuros governantes terão a seu favor a aceitação da população e a quebra de paradigmas.
Felizmente estão todos a favor dos containers, agora adotado por outros municípios, estados e países. Mas a ampliação deve ser com calma. Para se ter uma idéia dos custos, seriam necessários na ordem de R$ 10 a R$ 11 milhões para dobrarmos a capacidade de atendimento. Atenderíamos em torno de 70% da população e isso seria bom. É preciso entender os altos custos que isso representa, uma vez que o sistema de containers não é barateado depois da sua implantação, ele mantém um custo operacional, mesmo depois de posto na rua, gera gastos com a manutenção do equipamento e a renovação dos caminhões.
A coleta tradicional tem esse argumento a seu favor, por isso nunca vai acabar, pois tem um custo viável e mais barato, com três vezes ao dia”.
HISTÓRIA - O serviço foi implantado em 1991, pelo então Prefeito Mansueto de Castro Serafini Filho. Moze Bianchin era Diretor Presidente da Codeca, Geraldo Luiz Adami era Diretor Executivo, e Adiló Didomenico ocupava o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Companhia. A Coleta seletiva começou no bairro Santa Catarina. Um sino instalado em um caminhão tocava na rua e os moradores faziam seus descartes. (Foto Divulgação/Codeca).

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