Depois de muitas especulações, finalmente a diretoria do Sport Clube Internacional confirmou a contratação de Paulo Roberto Falcão como o novo treinador da equipe. O contrato, uma das causadas da demora, vai até o final de 2012. Inicialmente o Inter gostaria de um contrato até o final de 2011, porém, o maior ídolo do clube de todos os tempos não entendia ser possível ter tranqüilidade para trabalhar com tão pouco tempo, então, ambos cederam um pouco e chegaram ao consenso de que realmente dois anos, com a possibilidade de renovação seria o ideal.
Paulo Roberto Falcão chega ao comando do Internacional num momento de turbulência no clube, com grande parte da torcida rejeitando o trabalho de Celso Roth, sendo que o estopim da discórdia ocorreu no último jogo pela Libertadores, quando o treinador colorado, realizando algumas substituições equivocadas, viu passivamente a equipe ser derrotada por 1x0. Mesmo com a equipe perdendo para o fraco Jaguares do México, saca o argentino Bolatti, um dos destaques para a entrada de Wilson Mathias, sem contar as raras chances que o mesmo vinha dando ao centroavante, o também argentino Cavenaghi, contratado para ser a solução do ataque. Apesar de Leandro Damião ser o goleador, segundo os torcedores, existem situações que não dá para esperar que a qualquer momento ele possa decidir, mesmo jogando mal.
Falcão foi vendido para a Roma da Itália em 1980 como a maior transação do futebol brasileiro e retornou ao Inter em 1993 como treinador, com uma passagem discreta no comando da equipe. Foi injustiçado em 1978, quando Coutinho não o convocou, preferindo Toninho Cerezo, mas Tele Santana reparou o erro e o chamou para ser titular em 1982, naquela que até hoje é considerada a melhor seleção de todos os tempos, mesmo não tendo sido campeã. Nomes como Sócrates, Zico, o próprio Toninho Cerezo e Éder faziam parte desta equipe. Também jogou no São Paulo no final da carreira e foi treinador da Seleção Brasileira de 1990 até 1991, com um desempenho razoável, sendo vice campeão da Copa América.
Ao que tudo indica, não terá grandes problemas de nomes para compor sua equipe titular, pois o Internacional há 3 ou 4 anos é considerado o melhor elenco do país, porém sem nunca ter comprovado isso dentro de campo. Escolhe uma equipe de trabalho boa, um nome que deve ser respeitado, o de Julinho Camargo, ex categoria de base do maior rival o Grêmio e ex Ser Caxias, onde igualmente teve uma ótima passagem. É esperar para ver. Tempo ele terá, pois o próximo jogo pela Libertadores da América é no dia 19 de abril, até lá, alguns ajustes, rever alguns conceitos retranquistas de Celso Roth e fazer a equipe jogar, talvez tendo que trocar uma ou duas peças.
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