Carlos Búrigo, o homem forte da administração municipal


Carlos Búrigo: “O dinheiro não é nosso e temos que prestar contas do que é gasto”

Por Laudir Dutra – (laudir43@yahoo.com.br)
CAXIAS DO SUL - O homem das finanças do município vai para o seu terceiro mandato à frente da Pasta de Gestão e Finanças da Prefeitura de Caxias do Sul. Um sintoma fica bem evidenciado, Carlos Búrigo desempenhou um papel importante junto ao governo Sartori ao ponto de Alceu Barbosa Velho convidá-lo a permanecer no posto.
Búrigo que é natural de São José dos Ausentes, mesma terra de Alceu, foi prefeito do referido município entre 1997 e 2004 e em seguida recebeu o convite de José Ivo Sartori para se transferir para Caxias do Sul e trabalhar numa função importante e considerada crucial para as pretensões da administração, por se tratar de uma secretaria fim.
Convite aceito, muitas demandas, o governo Sartori foi um sucesso, sendo aprovado com índice superior a 86% de satisfação. Veio a campanha para as eleições de 2012, mais de R$ 50 milhões em caixa e o convite para o novo desafio, a permanência se fazia necessário em função da máxima de que em time que está ganhando não se mexe.
“Acho que sempre trabalhei de maneira correta, principalmente nesta secretaria que lida com o dinheiro público e com políticas sociais. Também muito em função de que o dinheiro não é nosso e temos que prestar contas.

Tanto o ex-prefeito Sartori quanto o prefeito Alceu, pelo conhecimento que tenho sobre os dois, se preocupam muito com o fato de que é preciso fazer a contabilidade pública fechar, ao mesmo tempo em que temos que prestar contas a órgãos estaduais e federais, por isso o máximo de cuidado e lisura.
Também temos a noção da nossa frente de trabalho, nosso suporte às outras secretarias é muito importante, pois elas dependem do nosso planejamento e do nosso acerto para também poderem andar, mas nosso orçamento é finito, muitas vezes a demanda é muito maior do que dispomos em caixa.
Temos que eleger as prioridades, temos a incumbência de buscar os recursos, junto aos governos federal e estadual e até de fora do país, com empréstimos e recursos a fundo perdido, para que tenhamos condições de gerir os projetos.
Nossa função é fazer com que essas ações possam ter êxito, disponibilizando soluções e servindo de suporte para que o prefeito possa desenvolver seu trabalho.
Quanto à minha permanência, só tenho a agradecer ao ex-prefeito Sartori e ao Alceu Barbosa Velho pela confiança em mim depositadas. Que eu possa fazer um trabalho que satisfaça a população caxiense que me recebeu muito bem, uma vez que a minha cidade natal é São José dos Ausentes”.
Fique por dentro: Fundo Perdido
“Recursos que o município não precisa devolver ao governo federal. Esse governo abre alguma linha de projetos e nele estão definidos o que é fundo perdido e o que é empréstimo. A partir daí, dependendo do projeto e da especificação do mesmo, é definido que tipo de verba será destinado.
Caxias do Sul tem grande capacidade para desenvolver projetos, qualificados e que são analisados tecnicamente. Até hoje, desde que assumimos junto com o prefeito Sartori, não perdemos nenhum, justamente pelo cuidado que temos no sentido de conquistar aquilo que é necessário e fundamental para o crescimento da cidade”.
Como convencer o governo da necessidade de recursos para uma cidade considerada ‘rica’ do ponto de vista econômico?
“Argumentamos no sentido de sermos uma cidade polo que cresce acima da média nacional, que atraímos a atenção de investidores de todas as partes do Brasil e do mundo, pelo cuidado com a gestão, pessoas e também com a infraestrutura.
Temos a capacidade de atender a todas as demandas sociais e que nem sempre temos em caixa as cifras necessárias para suportar a tudo isso. Temos que pensar que as empresas e as pessoas querem um bom lugar, com escolas, praças, ruas e avenidas bem sinalizadas, iluminadas e o maior número de rede interligas possíveis. Este é nosso argumento principal.
Logo em seguida mostramos a nossa pujança e também a nossa intenção de proporcionar esses benefícios para as pessoas, que invariavelmente buscam um lugar com boa qualidade de vida.
Mas precisamos apresentar os projetos adequados que passam em seguida pelo crivo da Secretaria da Fazenda que analisa a nossa capacidade de fomento e de pagamento. Faz um rastreamento sobre a nossa frequência de solicitações, ao mesmo tempo em que rastreia nossa situação financeira. Só a partir daí é dado o sinal verde para que tenhamos os recursos solicitados”.
Orçamento para 2013
“Ao contrário daquilo que é divulgado, não houve diminuição no orçamento para este ano. Aconteceu sim uma recuada em função da Lei de Diretriz Orçamentária, que previa uma situação enquanto uma economia aquecida, mas houve uma queda nessa economia, com isso e um novo cenário no segundo semestre de 2012, tivemos que rever alguns posicionamentos.
É certo também dizer que muitas obras que deveriam ser concluídas este ano, encerraram dentro da gestão do governo Sartori, sem a necessidade portanto de contar com recursos que seriam disponibilizados somente em 2013, por conta de empréstimos que foram antecipados para estes fins.
Mas temos a noção de que é um orçamento bastante apertado para 2013, temos alguns empréstimos para buscar, mas a orientação é fazer o essencial, principalmente na esfera social, saúde e educação.
Não temos um quadro que representará dificuldades financeiras e sim, um cuidado maior para não extrapolarmos nossa capacidade operacional”.
Vida pessoal e familiar comprometida?
“Agradeço à minha família pela paciência e força e também ao Sartori e Alceu pela confiança depositada”
“Sou cobrado muito pelos meus filhos pela falta de tempo dedicado a eles, mas a família de político e de gestores públicos precisa entender que temos que participar de atividades que nem sempre eles estão inseridos.
Sempre que posso pratico alguma atividade física como caminhadas e futebol com os amigos, é pouco, mas é tudo que me resta nesse momento. Nesses 20 anos que estou na política (1997 a 2004 como prefeito de São José dos Ausentes e de 2004 a 2012 como gestor de finanças) sempre tive o respaldo da minha família e sou muito grato a ela pelo apoio e paciência”
Futuro do Búrigo
“Meu projeto é um dia, mais adiante, retornar à prefeitura da minha cidade natal, São José dos Ausentes. No momento não tenho nenhuma pretensão política. Sou filiado a um partido e sigo tudo aquilo que é pertinente a ele, isso não significa no entanto, que eu possa ter qualquer intenção de ‘brigar’ por cargo eletivo agora, no futuro sim.
Tudo vai depender da condução do meu nome pelas pessoas e após uma discussão em torno desse assunto. Basicamente é isso. Quero fazer uma boa gestão junto ao nosso prefeito Alceu Barbosa Velho, desempenhar o meu papel e daqui a quatro, oito anos quem sabe, pensar na possibilidade, se ela se apresentar, de comandar a minha cidade natal”. (Fotos Ponto Inicial)

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